CI

Cotações do milho em Chicago recuaram um pouco durante esta semana

Cotações do milho em Chicago recuaram um pouco durante esta semana



As cotações do milho em Chicago recuaram um pouco durante esta semana, fechando a quinta-feira (17) em US$ 3,50/bushel, contra US$ 3,57 uma semana antes.

O cenário para o cereal é muito semelhante ao da soja, com o mercado esperando as definições do clima para engrenar uma tendência mais clara em Chicago. Por enquanto, há chuvas melhores do que em julho sobre a região produtora dos EUA mas, contrariamente ao indicado pelo USDA em seu relatório de oferta e demanda do dia 10/08, boa parte do mercado acredita que há quebras irreversíveis em muitas regiões do Meio Oeste, fato que reduziria a produtividade média final e, por consequência, a produção. Em suma, o mercado considerou o relatório muito otimista diante do que se estaria vendo realmente nas lavouras.

No geral, assim como no caso da soja, há um sentimento de que, junto aos especuladores em Chicago, o mercado já está sobrevendido e um movimento de compras não tardaria a se iniciar, fato que puxaria as cotações para níveis melhores. Mas isso tudo acaba ficando no terreno das especulações, especialmente no que se refere ao futuro quadro climático para as próximas semanas.

Vale destacar que está se iniciando o Crop Tour do grupo ProFarmer, o qual deverá influenciar sobre as cotações na medida em que anunciar os resultados de suas visitas in loco nas regiões produtoras estadunidenses.

Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB de milho ficou cotada, na média semanal, em US$ 150,00 e US$ 100,00 respectivamente.

Aqui no Brasil, poucas mudanças no cenário de preços. A pressão da safrinha continua intensa e fica difícil vislumbrar melhorias de preço sem uma substancial e duradoura recuperação das exportações.

O balcão gaúcho fechou a semana em R$ 22,35/saco, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 27,50 e R$ 28,50/saco. Nas demais praças os lotes ficaram entre R$ 12,00/saco em Sorriso (MT) e R$ 28,00/saco em Videira e Concórdia (SC).

Neste momento há poucas vendas no mercado paulista, fato que dá alguma sustentação no mercado paulista, assim como junto aos preços CIF. Por sua vez, os preços no porto continuam pouco convidativos, apesar de melhorias pontuais, para que as exportações nacionais deslanchem. E esta é uma preocupação importante do mercado, pois sem vendas externas dificilmente haverá melhoria de preços internos. Dito isto, destaca-se que as vendas externas de milho, nas duas primeiras semanas de agosto, atingiram a 1,77 milhão de toneladas, contra 846.000 toneladas em igual período do ano anterior. Ou seja, as mesmas melhoram, porém, ainda distantes do necessário.

O pouco que os preços aumentaram nestes últimos dias se deve a problemas de logística, especialmente armazenagem, e a uma retração nas vendas por parte dos produtores, especialmente os paulistas.

Neste sentido, existe grande preocupação sobre o que será deste mercado após o mês de setembro, quando a safrinha recorde estiver colhida.

Enfim, até o dia 11/08 a colheita da safrinha chegava a 81% da área, contra 90% em igual momento do ano passado.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.