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Cotações do trigo em Chicago igualmente subiram nesta semana

O mercado esperava um volume entre 200.000 e 500.000 toneladas


As cotações do trigo em Chicago igualmente subiram nesta semana, na esteira da soja e do milho, se aproximando dos US$ 5,00/bushel, cotação que não é vista desde o dia 17 de julho. Após US$ 4,98/bushel no dia 1º de outubro, o primeiro mês cotado acabou cedendo e fechou a quinta-feira (03/10) em US$ 4,88, contra US$ 4,84/bushel uma semana antes. A média de setembro ficou em US$ 4,79/bushel, contra US$ 4,75 em agosto.

As vendas líquidas estadunidenses, para o ano comercial 2019/20, iniciado em 1º de junho, fecharam em 283.200 toneladas na semana encerrada em 19/09. Uma redução de 40% em relação a média das quatro semanas anteriores. O mercado esperava um volume entre 200.000 e 500.000 toneladas.

Mesmo assim, o mercado reagiu puxado pela soja e o milho, e também pelo fato de que haveria falta de chuvas nas regiões produtoras do Canadá e Austrália, onde deverá haver menor produção de trigo neste ano.

Por outro lado, o USDA divulgou, no dia 30/09, seu relatório de estoques trimestrais na posição 1º de setembro. Os estoques de passagem ficaram em 64,8 milhões de toneladas, recuando muito pouco em relação ao ano anterior nesta mesma data. Por sua vez, a produção de 2019 foi revista para cima, tendo ficado em 53,4 milhões de toneladas.

Quanto a evolução da colheita do trigo de primavera, até o dia 29/09 a mesma atingiu a 90% da área, contra a média histórica de 99%. Já a semeadura do trigo de inverno atingia a 39%, contra a média histórica de 38% nesta época.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação girou entre US$ 190,00 e US$ 200,00, enquanto a safra nova argentina permaneceu em US$ 170,00, ambos na compra.

E no Brasil, os preços ficaram de estáveis a mais baixos devido a pressão da colheita paranaense. Assim, o balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 40,33/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 43,80/saco. Já no Paraná, os lotes ficaram entre R$ 50,00 e R$ 51,00/saco, enquanto o balcão registrou valores entre R$ 45,00 e R$ 48,50. E em Santa Catarina o balcão registrou valores entre R$ 43,00 e R$ 45,00/saco, enquanto os lotes, na região de Campos Novos, ficaram em R$ 47,10/saco.

A colheita do Paraná atingia a 70% da área no início da presente semana, com boa evolução em relação a semana anterior. As condições das lavouras restantes se mostram melhores, sendo 9% em condições ruins, 29% regulares e 62% entre boas a excelentes. Nestas condições, o Paraná tende a terminar mais cedo sua colheita, porém, devido às perdas por razões climáticas a mesma será menor do que o inicialmente esperado. Mesmo assim, os preços internos sofrem pressão baixista, porém, tal pressão pode não durar muito tempo diante da redução da safra paranaense e mesmo nacional, em relação ao inicialmente esperado.

Além disso, os preços não recuam muito devido a continuidade de um Real desvalorizado, novamente oscilando ao redor de R$ 4,15 por dólar e até mais que esse valor. Isso eleva os custos de importação, melhorando a competitividade do trigo nacional.

Dito isso, o câmbio na Argentina também se torna importante, diante da crise econômica do vizinho país, assim como o clima ainda poderá causar perdas nas lavouras gaúchas em particular. Ou seja, o quadro de mercado e preços ainda pode mudar em função destes elementos.

Neste momento, os referenciais de preço da safra nova já estão abaixo dos valores praticados no fechamento do ano comercial referente à safra velha. 

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