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Cotações do trigo em Chicago

Já no Mercosul, a tonelada FOB de exportação do trigo ficou entre US$ 180,00 e US$ 210,00 na compra



As cotações do trigo em Chicago, após baterem em US$ 4,61/bushel no dia 27/09, fecharam a quinta-feira (28) em US$ 4,55, contra US$ 4,52/bushel uma semana antes. Houve alguns ajustes técnicos que melhoraram as cotações, apesar de a pressão da oferta mundial continuar. Todavia, não se pode esquecer que, neste ano, os EUA estão colhendo uma safra bem menor de trigo do que a do ano anterior. Isto já está fazendo efeito sobre Chicago, mesmo que lentamente.

Neste contexto, existia a expectativa de que em seu relatório de estoques trimestrais desta sexta-feira (29/09) o USDA reduzisse os estoques de trigo dos EUA na posição de 1º de setembro (este relatório será comentado no próximo boletim). Se somava a isso o plantio mais lento do cereal neste ano, mesmo em comparação à média histórica.

Já no Mercosul, a tonelada FOB de exportação do trigo ficou entre US$ 180,00 e US$ 210,00 na compra.

No Brasil, os preços permaneceram com viés de baixa, pressionados pelo avanço da colheita no Paraná e a confirmação de perda na qualidade de boa parte do produto já colhido. Assim, o balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 30,17/saco, enquanto os lotes estiveram em R$ 34,80/saco. No Paraná, o balcão girou entre R$ 33,50 e R$ 35,00/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 34,80 e R$ 36,00/saco. Em Santa Catarina, o balcão permaneceu entre R$ 33,00 e R$ 36,00/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 36,00/saco.

Com o retorno das chuvas no Rio Grande do Sul as condições de muitas lavouras locais melhoraram, embora haja perdas irreversíveis em muitas outras. Já no Paraná, onde a colheita chegava perto de 60% no final deste mês de setembro, as perdas continuam devido ao clima seco que lá permanecia.

Tanto é verdade que apenas 35% das lavouras a colher apresentavam boas condições, contra 47% uma semana antes. Já as lavouras em condições ruins subiram para 24%. A destacar igualmente que em Santa Catarina o trigo igualmente vem apresentando problemas de qualidade, devendo o Estado assistir perdas de produtividade e qualidade no final da colheita.

Neste estágio das coisas, os preços da safra nova são menores entre R$ 10,00 a R$ 20,00 por tonelada, em relação ao ano anterior, em todo o sul do país (cf. Safras & Mercado).

Vale ainda destacar que dificilmente os preços locais melhorarão, pois as importações continuam competitivas. Mas não se pode perder de vista igualmente que Chicago está mais firme no momento e que a realidade político-econômica no Brasil pode gerar ainda oscilações importantes no câmbio. Além disso, o clima igualmente prejudicou as safras dos países vizinhos no Mercosul, embora o volume a ser colhido, previsto pela Argentina, seja bem mais elevado neste ano em relação aos anos anteriores.
 

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