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Infocafé de 17/01/19

N.Y finalizou as operações inalterada


N.Y finalizou as operações inalterada, a posição março oscilou entre a mínima de -0,65 pontos e máxima de +1,10 pts.

O dólar comercial fechou em alta de 0,36%, cotado a R$ 3,7480. No cenário externo, o otimismo do mercado com as negociações comerciais entre EUA e China foi contido por uma escalada nas tensões entre os países. A piora no cenário está relacionada a informações de que parlamentares dos EUA propuseram uma legislação que proíbe a venda de chips norteamericanos ou outros componentes para a Huawei e outras empresas chinesas que violariam sanções dos EUA ou regras de controle de exportações.

No Brasil, investidores aguardavam anúncios mais concretos sobre a proposta de reforma da Previdência, após o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmar que a proposta será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro até o próximo domingo (20). Segundo o ministro, Bolsonaro deve usar a viagem ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, para discutir o tema, e uma decisão deve ser tomada na volta ao Brasil. O Banco Central realizou nesta sessão leilão de 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de fevereiro, no total de US$ 13,398 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

A produção de café no Brasil em 2019 deve atingir entre 50,48 milhões a 54,48 milhões de sacas de 60 kg. O resultado corresponde a uma diminuição de 181,% a 11,6%, em comparação com a safra do ano passado, que foi recorde de 61,7 milhões de sacas. Os números fazem parte do primeiro levantamento sobre a safra de café de 2019 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje.

Conforme a Conab, a queda na produção pode ser atribuída em grande parte à influência da bienalidade negativa nos cafezais, "processo natural em que a planta se recupera do maior direcionamento de energia para a frutificação na safra anterior, sobretudo na espécie arábica". A produção de arábica está estimada entre 36,12 milhões e 38,16 milhões de sacas, representando uma redução comparativa à colheita passada de 23,9% a 19,6%, respectivamente. Já o conilon (robusta) tem comportamento inverso e cresce a uma taxa de 1,3% a 15,2%, com possibilidade de atingir entre 14,36 milhões e 16,33 milhões de sacas, respectivamente, favorecido principalmente por situações climáticas favoráveis e por não sofrer tanto os impactos do ciclo bienal.

O Estado mais prejudicado pelo fenômeno da bienalidade é Minas Gerais, responsável por mais da metade do volume colhido no País, podendo alcançar entre 26,4 milhões e 27,7 milhões de sacas em comparação com 33,36 milhões da safra passada, que foi de bienalidade positiva. O destaque da produção estadual é o sul de Minas, que tem uma perspectiva de produção entre 14,49 milhões e 15,18 milhões de sacas. O Espírito Santo, que responde pela maior produção do café conilon com cerca de 65% do total do País, deve registrar produção entre 12,48 milhões e 14,73 milhões de sacas, semelhante às da safra anterior, que foi de 13,74 milhões de sacas. A área total cultivada no País com café (arábica e conilon) totaliza 2,16 milhões hectares, equivalente à área plantada em 2018.

Desse total, 316,6 mil hectares (14,7%) estão em formação e 1,84 milhão de hectares (85,3%) em produção. Na atual safra, a área em produção foi reduzida em 1,2%, enquanto a área em formação aumentou 7,6% em relação à safra passada. "Por se tratar de uma safra de bienalidade negativa, é normal que os produtores aproveitem para realizar tratos culturais nas lavouras e, consequentemente, diminuir a área em produção", explica a estatal.

Para a safra 2019, estima-se que a produtividade fique entre 27,4 sacas e 29,58 sacas por hectare, equivalendo a uma redução de 17,1% a 10,6% em relação à safra passada. A queda deve ocorrer em quase todas as principais regiões produtoras, segundo a Conab. Nas áreas em que predomina o cultivo de conilon, a expectativa é de produtividades próximas à da safra passada em virtude das boas condições climáticas. Nas áreas de café arábica, a produtividade deverá ser menor do que no ano passado, por causa da bienalidade negativa, informa a Conab. 

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