Mercado futuro do milho na B3 fecha negativo
Em Chicago, os futuros recuam à medida que a produção de etanol nos EUA desacelera
Agrolink
- Leonardo Gottems
De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado futuro do milho na B3 fechou negativo, com importações apontando nível recorde. “Quem não comprou, aproveitou as baixas e garantiu milho a R$ 95,00 nos vencimentos mais curtos. Quem já comprou, lamentou não ter esperado”, comenta a consultoria.
“Assim foi o dia na bolsa de mercadorias em relação às negociações de milho, que seguem em queda nesta quarta-feira, em um mercado importador que, segundo todos os números indicam, deve surpreender até os mais céticos”, indica. “Conforme relatamos ontem e vale a pena relembrar, os números da exportação divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior –Secex - marcam o que muitos traders já sabiam: diante de inúmeros washouts de tradings e de um mercado de milho supervalorizado, o Brasil deve exportar menos, sobrando mais produto internamente”, completa.
No entanto, sete primeiros meses de 2021, o país importou 1,081 milhões de toneladas de milho, o que representa acréscimo de 101,9% a mais do que o mesmo período do ano passado. “Assim, a bolsa de mercadorias fechou da seguinte forma: setembro/21 a R$ 95,40 (-1,37%); novembro/21 a R$ 96,13 (-1,15%); janeiro/22 a R$ 97,30 (-1,37%) e março/22 a R$ 96,85 (-1,42%)”, diz.
Em Chicago, os futuros recuam à medida que a produção de etanol nos EUA desacelera pela quarta semana. “Fechou em território negativo, devido à queda nos preços dos produtos energéticos (o petróleo caiu 3,7%) devido à perspectiva de menor demanda mundial devido ao avanço da variante delta do coronavírus nas principais economias do mundo. As preocupações climáticas para o cinturão do milho americano forneceram algum suporte e evitaram novas quedas”, explica.