Sexta queda consecutiva da soja em Chicago

Os futuros da soja na Bolsa de Chicago permaneceram em queda pela sexta sessão consecutiva nesta  quarta-feira, de acordo com informações da TF Agroeconômica. Eles foram negociados no nível mais baixo desde meados de abril, uma vez que as previsões continuam a reduzir os prêmios de risco climático e o óleo de soja continua a puxar os grãos para baixo. 

“Até o momento, os contratos de agosto estavam sendo negociados  a  $  14,11/bu,  1%  menor  no  dia,  com  os contratos de nova safra caindo um pouco mais. O complexo da soja esteve sob pressão por mais uma sessão,  já  que  as  previsões  do  clima  mostram  que  as chuvas  continuam  no  radar  nos  EUA,  enquanto  os preços do óleo de soja continuaram caindo em meio a uma  reavaliação  das  perspectivas  de  demanda  por biodiesel”, comenta. 

O contrato futuro de óleo de soja Chicago do mês anterior caiu quase 4% no dia. “A  pressão  descendente  foi  parcialmente  compensada pelos  mercados  externos,  já  que  o  petróleo  bruto continuou  a  ganhar  impulso  sob  as  indicações  de  um mercado  fundamentalmente  apertado  e  os  futuros  de WTI ultrapassaram a marca de $ 72 / bbl”, completa a consultoria. 

“Os  spreads  de  milho  /  soja  continuaram  a  diminuir, uma  vez  que  o  mercado  de  milho  permaneceu  apoiado  pelos  fundamentos  que  sustentam  um  mercado extremamente apertado neste e no próximo ano de comercialização. Na  América  do  Sul,  as  chuvas  continuam  diminuindo  e  os  níveis  de  água  no  rio  Paraná  devem  cair  ainda  mais, impactando as operações no Up River e deixando as barcaças paraguaias presas até setembro. A  Argentina  deve  evitar  uma  polêmica  proibição  de  exportação  de  carne  bovina  imposta  no  mês  passado  para controlar a inflação de preços, potencialmente substituindo-a por um esquema de licença de exportação questionado por algumas fontes comerciais”, conclui.