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Cotações do milho em Chicago

As cotações do milho em Chicago também recuaram fortemente nesta semana


Foto: Marcel Oliveira

As cotações do milho em Chicago também recuaram fortemente nesta semana. O primeiro mês cotado fechou a quinta-feira (17) em US$ 6,33/bushel, contra US$ 6,99 uma semana antes. Ou seja, por enquanto o mercado encontra resistência em romper novamente o teto dos US$ 7,00 e acaba voltando para patamares vistos com mais frequência apenas na terceira semana de abril do corrente ano. O plantio do milho, estando encerrado nos EUA, nota-se que 96% das lavouras locais estão germinadas, contra 91% na média histórica. Já quanto as condições das lavouras, 68% estavam entre boas a excelentes (contra 72% na semana anterior), enquanto 27% estavam regulares e 5% entre ruins a muito ruins.

Já os embarques de milho por parte dos EUA, na semana encerrada em 10/06, atingiram a 1,54 milhão de toneladas, ficando no limite mínimo esperado pelo mercado. Com isso, o total já embarcado neste ano comercial atinge a 54 milhões de toneladas, ficando 75% acima do registrado no mesmo momento do ano anterior. E no Brasil, os preços do milho recuam diante da entrada, mesmo que lenta e atrasada,
da segunda safra no mercado. A média gaúcha ficou em R$ 85,53/saco no fechamento da semana, enquanto nas demais praças os preços oscilaram entre R$ 75,00 e R$ 95,00/saco, com o CIF Campinas (SP) recuando para R$ 97,00/saco.

Na B3 o vencimento julho/21 abriu o pregão da quinta-feira (17) em R$ 84,70/saco, enquanto setembro/21 ficava em R$ 84,70, novembro/21 em R$ 85,59 e janeiro/22 em R$ 87,17/saco. Há poucas semanas atrás, as primeiras posições atingiam valores de até R$ 105,00/saco.

O recuo, além do início da colheita da safrinha, se deve a revalorização do Real, pois a mesma deixa menos competitivo o milho na exportação. Além disso, segundo a fonte citada, mesmo que a segunda safra fique em 60 milhões de toneladas, haverá 20 milhões acima do que será consumido internamente no segundo semestre. Isso significa que se terá que exportar boa parte deste volume e, hoje, com o atual câmbio, o mercado externo está pagando ao redor de R$ 80,00/saco. (cf. Brandalize Consulting) Por outro lado, os compradores estão adiando as compras esperando uma entrada mais expressiva da safrinha e, com ela, preços ainda mais baixos. Por sua vez, os vendedores seguram ao máximo o produto, pois os estoques estão baixos e a safrinha quebrou significativamente. Neste último caso, a Conab estima uma quebra de 6,8% sobre o ano anterior, com o volume ficando em 69,9 milhões de toneladas. Enquanto isso, a Geosys Brasil projeta uma colheita de segunda safra em 67 milhões de toneladas, com perdas de 13 milhões em relação ao projetado no início do plantio.

Em termos estaduais, no Mato Grosso 1,9% da área da segunda safra havia sido colhida até o dia 11/06, ficando bem abaixo dos 6,4% da média histórica. Por sua vez, a comercialização desta safra chegou a 77,3% do total, com um preço médio de R$ 70,26/saco, sendo que os produtores locais continuam retraídos nas vendas. Já a futura safra 2021/22 possui 23,3% comercializada antecipadamente. (cf. Imea) No Paraná, a colheita se mantém em apenas 1% da área total da segunda safra, com a qualidade das mesmas melhorando um pouco devido as chuvas das últimas semanas. Assim, 23% estão avaliadas como boas (22% na semana anterior), 45% regulares e 32% ruins. (cf. Deral)
E no Mato Grosso do Sul, mesmo com o retorno parcial das chuvas, as condições das lavouras se mantêm em 6% em bom estado, 58% regulares e 36% ruins (contra 35% uma semana antes). Em toda a primeira quinzena de junho o preço do milho recuou 3,3%, ficando na média de R$ 85,36/saco. Este preço ainda está 128,9% acima da média registrada neste Estado em junho de 2020 (R$ 37,29/saco). (cf. Famasul) 

Enfim, segundo a Secex, nos primeiros oito dias úteis de junho o Brasil exportou 1.621 toneladas de milho, sendo este volume apenas 11,6% do total exportado em todo o  mês de maio. A média diária de embarques atingiu a 202,7 toneladas, sendo 98,6% menor do que a média de junho de 2020. Por outro lado, a Anec estima que a exportação de milho, pelo Brasil, neste ano, fique em 29,5 milhões de toneladas, lembrando que existem outros analistas privados que chegam a estimar 25 milhões de toneladas

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