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Cotações do trigo em Chicago fecharam esta quinta-feira

Média de outubro ficou em US$ 5,11/bushel, contra US$ 5,03 em setembro


As cotações do trigo em Chicago fecharam esta quinta-feira (01/11) em US$ 5,08/bushel para o primeiro mês cotado, subindo bem após os US$ 4,87 uma semana antes. A média de outubro ficou em US$ 5,11/bushel, contra US$ 5,03 em setembro.

O mercado ensaiou um movimento de alta durante a semana, porém, pouco consistente diante de melhoria na safra da Rússia, assim como o fraco desempenho das exportações dos EUA. 

Neste último caso, as vendas líquidas de trigo por parte dos EUA, para o ano 2018/19, somaram 442.600 toneladas na semana encerrada em 18/10, sendo que tal volume ficou 7% abaixo da média das quatro semanas anteriores. Já as inspeções de exportação estadunidenses somaram 393.255 toneladas na semana encerrada em 25/10.

Entretanto, há uma expectativa de que a safra estadunidense de 2018/19 possa ser menor do que a do ano anterior, fato que deu algum suporte às cotações durante a semana. Além disso, os EUA reduziram o preço de seu trigo para alguns carregamentos feitos para o Egito, tentando atrair novamente este principal importador mundial do cereal.

Quanto ao plantio do trigo de inverno nos EUA, o mesmo chegava a 78% da área esperada até o dia 28/10, contra 85% na média histórica para esta época.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação ficou entre US$ 215,00 e US$ 225,00, enquanto a safra nova esteve cotada em US$ 215,00, ambas para a compra.

Já no Brasil, os preços se mantiveram relativamente estáveis, porém, o viés de baixa de curto prazo começa a dar espaço para alguma recuperação de preços devido a quebra na safra que está sendo colhida. A média gaúcha no balcão ficou em R$ 38,05/saco nesta semana, enquanto os lotes registraram R$ 45,00/saco. Já no Paraná o balcão girou entre R$ 42,00 e R$ 43,00/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 51,60 e R$ 52,20/saco. Em Santa Catarina o balcão registrou valores entre R$ 42,00 e R$ 43,00/saco igualmente, enquanto na região de Campos Novos os lotes registraram R$ 48,60/saco. 

No Paraná a colheita do trigo atinge a 82% da área, enquanto no Rio Grande do Sul a mesma estaria ao redor de 35% no final de outubro. Como os problemas climáticos continuam no Paraná, o volume a ser colhido ainda é importante. Já no Rio Grande do Sul, com o avanço da colheita a produtividade e qualidade do produto colhido recuou bastante. A maior parte do produto colhido no sul do país está abaixo do esperado pelos moinhos brasileiros, indicando que muito trigo poderá ser encaminhado para a ração animal, fato que ajudará a reduzir o preço do milho até o início do próximo ano.

Por outro lado, o volume a ser importado pelo Brasil, neste ano comercial, será bem maior do que o inicialmente projetado pelos órgãos oficiais e privados brasileiros.

No mercado gaúcho, a Emater espera uma produção de trigo ao redor de 2,06 milhões de toneladas, porém, diante das intempéries que atingem as lavouras desde o final de agosto, nos parece um volume muito otimista. Novos temporais, com granizo, nesta semana que passou vieram piorar o quadro da safra gaúcha. Todavia, o cenário de perdas continua mais acentuado no Paraná, onde existe grande parte do produto com queda de qualidade e muitas lavouras com rendimentos inferiores ao estimado inicialmente. Não será surpresa se a quebra de safra neste Estado beirar os 50%, sem falar no recuo da qualidade em boa parte do produto colhido. 

Pelo sim ou pelo não, o fato é que o trigo de qualidade superior, pelo volume reduzido de oferta que o país terá, tende a se manter com preços elevados, enquanto as demais qualidades de trigo tendem a ver seu preço recuar.
 

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