Importações derrubam milho na B3

As importações brasileiras de milho acabaram derrubando as cotações do grão na B3, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Em conversa com nossos correspondentes no dia de hoje, procuramos estimar o interesse pela importação de milho entre empresas de médio e pequeno porte, e de fato, o interesse pela operação – apesar de sua complexidade e carga tributária – parece ter aumentado consideravelmente. Empresas que nunca haviam importado, agora já se arriscam na operação, vendo com bons olhos o milho que vem de fora e que faz frente em custos em relação ao seu competidor no mercado interno”, comenta. 

“Com isto, os preços futuros do milho em São Paulo começaram a se acomodar, em uma tentativa de chegar a um “preço justo” para o milho, e assim, a bolsa de mercadorias apresentou leves quedas. No vencimento setembro/21, a saca fechou em R$ 98,80 (-0,6%); no novembro/21 a R$ 99,19 (-0,51%); janeiro/22 a R$ 99,75 (- 1,04%); março/22 a R$ 100,05 (-0,74%) e maio/22 a R$ 91,26 (-0,86%)”, completa. 

Em Chicago os preços do milho se recuperam em meio a fortes exportações dos EUA, enquanto o Brasil reduz safra. “Dados robustos na inspeção semanal de embarques dos EUA, permitiram ganhos. A incerteza sobre o futuro do clima em algumas regiões produtivas dos Estados Unidos operava na mesma direção. O mercado antecipa uma deterioração nas condições da safra. No Brasil, novos ajustes no volume da safra não estão descartados. Rally em trigo, maior firmeza”, indica. 

“Os futuros do milho registraram ganhos no início da semana, com o trigo mais firme e dados fortes de inspeções de exportação fornecendo parte do combustível, juntamente com novos temores sobre a produção sul-americana e relatórios de corte antecipado de alguns acres dos EUA para silagem. No fechamento, o contrato de setembro subia US$ 0,09 / bu para chegar a pouco menos de $ 5,56 / bu e dezembro ganhou $ 0,10 / bu para $ 5,56 / bu, colocando-o ligeiramente à frente do mês anterior”, conclui.