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Infocafé de 24/01/20

Bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em baixa


Foto: Eliza Maliszewski

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em baixa, a posição março oscilou entre a máxima +0,05 pontos e mínima de -2,75 fechando com -2,45 acumulando na semana -2,00 pts.

A moeda norte-americana subiu 0,43%, a R$ 4,1839. No acumulado da semana, o dólar avançou 0,45%. Nesta sexta, investidores ainda acompanharam os acontecimentos na China, com o surto de coronavírus pelo país. O número de mortes provocadas pelo vírus aumentou para 26 nesta sexta (24), segundo balanço da agência estatal chinesa CGTN. Os números de infectados aumentaram para 881.

A China intensificou medidas para conter o vírus, interrompendo o transporte público em 10 cidades e fechando templos durante o Ano Novo Lunar, assim como a Cidade Proibida e parte da Grande Muralha. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o novo coronavírus uma emergência para a China na quinta-feira, mas optou por não classificar como epidemia de preocupação internacional, o que acalmou moderadamente o sentimento mundial.

A segunda maior cooperativa cafeeira em exportações (400 mil sacas até o momento) está com estoque raso de 130 mil sacas e faltam 200 mil ainda para saldar os compromissos internacionais até junho, quando mal terá começado uma nova safra já tida como menor. Na Minasul, o cenário não explica os rallies das cotações internacionais, sempre flertando com viés de baixa – ou sem engatar uma escalada.

E a cooperativa sediada em Varginha (MG) vai acabar tendo que pagar o ágio para comprar no mínimo 50 mil sacas – quantidade que deverá ser mais complicada em achar com padrão de qualidade – e vender mais barato, segundo o presidente José Marcos Magalhães. O nervosismo que embaralhou o mercado começou depois que se consolidaram as exportações recordes brasileiras pouco acima de 40 milhões de sacas na safra passada – daí que os traders entendem que há maior disponibilidade nos inventários das grandes indústrias compradoras. “Mas não tem sustentação”, diz Magalhães.

O exemplo dele, como produtor, quanto ao próximo ciclo, se estende para qualquer região produtora que se olhe: “Plantei 50 mil hectares a mais e vou produzir menos que 2018”. O clima ruim de muita chuva em novembro/dezembro retrasados, que “afogaram” as raízes, depois muito calor no verão de 2019 e mais a friagem do inverno último, cortarão a produção em ano no qual a bianualidade da cultura deveria favorecer. E em 2021 será a vez da safra ruim, pelo ciclo de café alternando anos bons e difíceis. Na temporada 18/19, a qual o presidente da Minasul dá conta dos baixos volumes guardados, a cooperativa recebeu 1,4 milhões de sacas. Não tem café agora e não terá em abundância nos próximos dois anos. Situação que o executivo principal da cooperativa enxerga para todos os centros de produção, especialmente do tipo arábica.

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