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IMPACTO DO COVID-19 NO AGRONEGÓCIO


Ana Barbato

Ana Babbulin - OAB SP 187.306 - advogada contencioso cível Dasa Advogados

Atualmente com o surto do Coronavírus (Covid-19) que tem trazido efeitos mundiais e negativos para toda a economia, a OCDE – Organização para a Cooperação e desenvolvimento Econômico, diminuiu a projeção de crescimento mundial em ao menos 0,5% em função da pandemia.

Percebe-se que o agro não poderá parar as atividades por completo, mas que requer muita cautela.

Com certeza serão registrados impactos pontuais em alguns mercados, sobretudo aqueles em que a China é principal parceira do Brasil. Mas isso não tem a capacidade de alterar a dinâmica do agronegócio brasileiro.

O atual cenário mostra que o comércio de grãos, alimentos e óleos que são destinados à China teve aumento no momento mais crítico em que a pandemia atingia o país Asiático. Outro aspecto relevante são as vendas online para a China em virtude do cancelamento das rotas marítimas que tem provocado atraso no transporte de alimentos. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a demanda de alimentos destinados a Arábia Saudita também mostrou um aumento.

A preocupação chama atenção com a alta do dólar, que pode interferir na compra dos insumos e até mesmo no transporte dos grãos. Estamos falando de um aumento da moeda em 3,85%, diante da Covid-19. O acumulado do ano é de 19,93%.

A preocupação hoje no Brasil está sendo com o cancelamento de compras por outros mercados, seguido pela Europa no setor bovino. A Europa é o principal destino de cortes mais nobres. Todavia, as exportações nos 10 primeiros dias úteis do mês acenam para uma exportação de suínos maior do que 65 mil toneladas para o mês de março, uma média de 3 mil toneladas exportadas diariamente.

No caso das exportações de aves, temos uma média superior a 15 mil toneladas nos 10 primeiros dias úteis de março, o que acena para quase 350 mil toneladas no mês, sendo um cenário positivo. 

Poucos estados apresentam atraso na colheita de soja no país e quem fecha a lista dos maiores avanços de colheita são os Estados de São Paulo, seguido por Minas Gerais e Goiás.

 

Outras três regiões de Mato Grosso já terminaram a colheita da soja, o que já atingiu 98,38%, conforme levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), com número obtido até 20 de março. Agora já são três regiões que terminaram a colheita da soja: oeste, noroeste e médio-norte.

O impacto da epidemia traz consequentemente alterações, mas o agronegócio não para. Esse impacto gera tanto crises como oportunidades e o agronegócio é bem estabelecido, com diversos parceiros em vários mercados e principalmente pelo fato de ser responsável pela produção de alimentos (essenciais ao consumo).

A situação atual exige das empresas uma responsabilidade social e a busca de novas ferramentas como aliadas para realização dos negócios e o governo, principalmente estadual, deve manter um fluxo contínuo para garantir a distribuição de alimentos neste momento difícil. A responsabilidade social, coletiva e a conectividade é base para continuidade da saúde.

 

 

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