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Chuvas, ventos fortes e frio. Impacta o agro?

Confira aqui a projeção do Agrotempo


Foto: Pixabay

• Novo ciclone se forma na costa do Brasil, com condições para ventos de 100 km/h, chuvas intensas e queda nas temperaturas. 
• As chuvas serão expressivas até quarta-feira no centro-oeste e chove forte na costa da região sul.
• Essas instabilidades podem atrapalhar o avanço da colheita do algodão e finalização do milho segunda safra.
• Por outro lado, as chuvas serão muito bem vindas para as áreas produtoras de trigo entre SP, MS e PR. 
• As temperaturas entram em declínio e o frio pode subir até o sul da região norte, provocando friagem.
• Frio será típico de inverno e pode provocar geadas entre o RS, SC, PR e em alguns pontos do sul de MG. 

Como o ciclone vai se formar? 

A formação de um sistema de baixa pressão entre a costa do sudeste e sul do país, dará forma a um novo ciclone extratropical. Este tipo de evento é comum ocorrer em todas as épocas do ano, principalmente no inverno. Porém, esta temporada de 2022 está sendo relativamente atípica devido à pouca ocorrência destes eventos. 

As projeções mostram a formação do sistema entre a noite de terça (09) e o decorrer de quarta (10/08). A região de baixa pressão se forma entre São Paulo e Santa Catarina, migrando gradativamente para o oceano. Chegando no mar, o sistema de baixa pressão encontra menos resistência da superfície e se intensifica. Outro fator que poderá contribuir com o ciclone, são as águas relativamente mais quentes próximas à costa. Isso pode fortalecer o ciclone com um suporte de umidade local.  

Existem algumas divergências em relação às projeções. A solução do centro Europeu, indica que o núcleo de baixa pressão vai se posicionar na altura da Baixada Santista no litoral Paulista. O centro americano posiciona o centro do ciclone um pouco mais afastado da costa e na altura do litoral paranaense. Já a previsão do centro Alemão, mostra que o ciclone terá seu centro de baixa pressão na altura do litoral norte de Santa Catarina, também mais afastado para o oceano. 

Apesar dessas diferenças entre as previsões, a influência é certa e intensa na costa sul do país. Os destaques ficam para os grandes volumes de chuvas previstos que devem passar dos 150 mm, a forte influência dos ventos – com rajadas se aproximando dos 100 km/h – e o impulsionamento de uma massa de ar frio que chegará até o norte do país.

Quais impactos no agro?

As chuvas serão o principal fator de impacto nas lavouras ao longo destes dias. As instabilidades vão persistir na forma de um corredor de umidade sobre o centro-oeste, sudeste e região sul. Mas é no centro-oeste e sudeste onde as chuvas podem trazer um impacto negativo em relação ao algodão, visto que boa parte das lavouras estão quase prontas para a colheita. Assim como para a finalização da colheita do milho. E com essas chuvas até pelo menos o final de quarta-feira (11/08), alguns produtores terão que esperar para entrar em campo.

Contudo, essas mesmas chuvas serão muito bem-vindas para as áreas produtoras de trigo no Paraná e São Paulo. Depois de um período mais prolongado sem chuvas significativas, com reflexos negativos na umidade do solo, os volumes previstos serão suficientes para repor a água no solo e garantir o pleno desenvolvimento das lavouras que estão nos estádios de perfilhamento até espigamento. Neste momento, as áreas produtoras de trigo do Rio Grande do Sul passam por chuvas excessivas, mas ainda sem impactos na qualidade das lavouras.

As chuvas também chegam até o sul de minas, podendo atingir algumas áreas de café, bem como no sul do Espírito Santo. Mas mesmo nas projeções mais otimistas, os volumes previstos são baixos. 

Há avisos para a formação de geadas entre quinta (11) e sexta-feira (12/08). As geadas vão se formar principalmente entre o norte do Rio Grande do Sul até o sul do Paraná, mas não se descarta a ocorrência do fenômeno em áreas de baixada ao sul do estado gaúcho. Existe também uma pequena sinalização para geadas no sul de minas, mas com baixa probabilidade. 

Em relação às temperaturas, o frio sobe até o sul da região norte, provocando o fenômeno de friagem na região. As temperaturas também caem sobre o centro-oeste, com destaque para o sul de Mato Grosso do Sul e sul de Goiás. Faz frio no sul de Minas e interior paulista. As temperaturas terão características típicas de inverno na região sul, mas com poucas áreas de registros negativos.

Em relação às rajadas de vento, não há indícios de impacto para as regiões produtoras, exceto aquelas que estão na região costeira – principalmente produtores de banana. Neste caso, há risco para eventuais transtornos, visto os grandes volumes de chuvas previstos e a forte intensidade dos ventos.

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