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A crise revela mais oportunidades para o agronegócio


Jose Luiz Tejon Megido

Ao contrário do que muitos pensam, o agronegócio brasileiro cresceu de maneira independente, por conta e risco da ousadia e do enfrentamento permanente de dificuldades.

O Brasil precisa acabar com análises mal feitas e com ideias de que o negócio originado nos campos é prova de uma debilidade e fraqueza do país.

Desde a criação da Embrapa, desenvolvida pelo ex-ministro da Agricultura, Luís Fernando Cirne Lima, e pelo seu desenvolvimento com o ex-Ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, até a superação de crises como a do petróleo, os anos 80 de inflação absurda, de sucessão de planos mal sucedidos como cruzado, cruzeiro novo, inflação de 80% ao mês no Plano Collor. E chegamos até aqui, um sucesso e exemplo de superação de crises.
E agora? Sem dúvida não paramos com as crises, e as crises não irão parar.  O mundo será sempre conturbado e pronto. Mas, com toda crise, vem muitas oportunidades.

Se pararmos de brigar entre nós, se não elegermos o outro brasileiro como nosso inimigo número 1, teremos imensas chances de progredir e de melhorar a vida de todos os brasileiros.

Sim, necessitamos de um líder de governo competente e que compreenda o valor do novo agronegócio para o país, com empreendedorismo, reformas trabalhistas e tributárias, apoio a ciência e startups, e claro, novas lideranças nas entidades representativas do setor que consigam se unir e ter uma única voz em coisas fundamentais.

E claro, marketing e vendas dos produtos brasileiros. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tem dado sinais de atenção para o agro norte-americano. Demonstra elos com os setores de gás e petróleo, saiu dos acordos da parceria transpacífica, onde os Estados Unidos fez ótimos negócios agropecuários, promete construir um muro no México, mesmo com os mexicanos sendo seus maiores clientes de milho. E vem mais encrenca ainda na renegociação do NAFTA: o tratado norte-americano de livre comércio.

Ou seja, temos oportunidades para espaços de vendas, não apenas dos nossos tradicionais produtos como grãos, açúcar, etanol e carnes, mas também de frutas, flores, hortaliças, especialidades e derivados de leite, sem contar o cacau e a borracha.

Para isso, precisamos de liderança e de inteligência de marketing e vendas. É mais uma arte em que o Brasil também domina e costuma ser o país com mais prêmios nos torneios de marketing internacionais. 

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