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No agro, a Costa Rica cresce e se diversifica

Costa Rica é o segundo adversário do Brasil


A Costa Rica é um dos três países da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) classificados para Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Os costa-riquenhos estão em sua quinta aparição no Mundial.  No campo agrícola, a Costa Rica cresceu e se diversificou nas últimas décadas, no entanto, o crescimento tem sido desigual em todo o setor. O setor agrícola é caracterizado por uma estrutura dualista, com um setor de exportação bem-sucedido e dinâmico e uma agricultura doméstica mais tradicional, menos competitiva, caracterizada por fazendas de pequena escala.

A estrutura dualista foi reforçada pelas reformas de liberalização comercial dos anos 80, que permitiram o surgimento de várias novas culturas de exportação. Em meados da década de 1980, a política agrícola refletia o objetivo mais amplo do governo de abertura comercial, e as políticas buscavam promover habilidades e iniciativas privadas que promovessem exportações de novos produtos nos quais a Costa Rica tivesse uma vantagem comparativa e assim possibilitasse a economia maior abertura ao comércio. As tarifas foram reduzidas drasticamente, as cotas foram eliminadas, os controles governamentais sobre o uso da terra e as alocações de safras foram removidos e, em muitos casos, o apoio à agricultura deixou de estar ligado a safras de substituição de importações. Outras reformas agrícolas incluíram a melhoria dos mercados de insumos agrícolas, crédito e produtos, e o fechamento de alguns agronegócios administrados pelo governo.

Deixando de lado a abertura comercial, a produção agrícola aumentou, principalmente devido ao crescimento impressionante da produção de exportações não tradicionais, bem como aos produtos pecuários menos intensivos em terra. Os abacaxis aumentaram sua participação no valor total da agricultura em detrimento das bananas e do café em particular, de 9% em 1995-97 para 24% em 2013-15. A participação dos produtos pecuários (carne suína, aves e leite) aumentou de 175 para 27% no mesmo período. A produção de leite aumentou sua participação no valor total de 4% para 11% e superou a carne bovina, que caiu de 6% para 5%.

O impressionante crescimento das culturas não tradicionais de exportação e a estagnação do crescimento nas culturas tradicionais também podem ser vistas em termos absolutos. A produção de abacaxi mais do que quintuplicou nos últimos 20 anos, não obstante os retrocessos em 2013 e 2014, devido a inundações severas. Já as culturas tradicionais de exportação como café e banana, em contraste, permaneceram próximas aos seus níveis iniciais de produção. Após um breve aumento, a produção de café caiu abaixo dos níveis de 1995, devido ao declínio da produtividade das plantações envelhecidas, aumentando a concorrência de outros países e o surto de ferrugem em 2013.

Das culturas tradicionais, a produção de cana-de-açúcar aumentou no mesmo período, 3 233 000 toneladas em 1995 para 4 260 000 toneladas em 2015. O arroz em casca também aumentou de 165 866 toneladas em 1995 para 195 319 toneladas em 2015. Na sequência da crise alimentar, a produção de arroz registou um notável crescimento em 2008-2011 em resultado As políticas agrícolas destinadas a promover a produção de grãos também aumentaram em consequência dos altos preços internacionais que, quando transmitidos aos preços domésticos, motivaram os agricultores a produzir mais arroz.

Todos os produtos pecuários, com exceção da carne bovina, tiveram um aumento significativo na produção. O aumento mais notável foi para carne de porco, seguido por ovos e, em seguida, a produção de aves de capoeira. A produção de leite também aumentou: de 1995 a 2015, cresceu 105%, devido à conversão do estoque de carne bovina em leite e a sistemas de dupla finalidade (leite e carne). A produção de carne bovina, por outro lado, experimentou um crescimento negativo em certos anos, devido à conversão da área agrícola em floresta ou exportação de produtos - como abacaxi ou laticínios - bem como condições desfavoráveis para produção de forragem, devido às secas na área de Guanacaste. Embora a carne bovina continue a dominar, as parcelas de produção combinada de leite e carne bovina (32%) e produção de leite (26%) na produção pecuária total ganharam importância desde 2000.

O crescimento na agricultura da Costa Rica é evidente. E no futebol? Já fizeram as suas apostas entre Brasil e Costa Rica nesta sexta-feira? 


 

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