Produção de cereais em Portugal é a mais baixa em 10 anos
Por outro lado, uma das poucas exceções foi a produção de azeite de oliva
A produção de cereais portuguesa somou 189,2 mil toneladas na temporada agrícola 2020/2021, a mais baixa desde 2012, informou na sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) do país.
A colheita portuguesa foi uma das mais baixas dos últimos 35 anos, agravando o problema de abastecimento interno do país e aumentando o deficit da balança comercial dos produtos agrícolas e agroalimentares para 3,845 bilhões de euros.
Os cereais foram o grupo que mais contribuiu para o aumento do deficit, sendo necessário importar mais 154,6 milhões de euros na temporada 2020/2021 na comparação com o ano agrícola anterior.
“A diminuição na produção e nas exportações e a manutenção nas importações, agravaram ainda mais o grau de autossuficiência dos cereais (exceto arroz),” destaca o INE em nota publicada em seu website.
Por outro lado, uma das poucas exceções foi a produção de azeite de oliva, que bateu recorde de 2,29 milhões de hectolitros, aumento de 49 por cento anual, em resultado de condições meteorológicas favoráveis e do uso de irrigação artificial.
A produção de vinho também aumentou 14,7 por cento, alcançando os 7,2 milhões de hectolitros, superior à média dos últimos cinco anos, que foi de 6,4 milhões de hectolitros.
Os dados registam recordes de produção de kiwi, cereja e amêndoa: a produção de kiwi ultrapassou pela primeira vez as 55 mil toneladas, a campanha da cereja foi a mais produtiva dos últimos 49 anos, enquanto a entrada em produção de novos amendoais intensivos contribuiu para um aumento de produção de 31,1%, atingindo as 41,5 mil toneladas de amêndoa.
Já a produção de maçã alcançou as 368,2 mil toneladas, tendo sido a segunda colheita mais produtiva dos últimos 35 anos, segundo as estatísticas.