CI

Hortaliças têm queda de preço em maio

A maior retração é vista na cebola e na cenoura devido a maior oferta


Foto: Pixabay

Os preços de algumas hortaliças caíram no atacado em maio. É o que mostra o 6º Boletim Prohort divulgado, nesta quinta-feira (17), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e que apura o desempenho nas principais Centrais de Abastecimento do país.

A maior retração é vista na cebola e na cenoura. Já batata e tomate não demonstraram movimento uniforme em suas cotações entre as Ceasas analisadas. A alface seguiu o mesmo movimento registrado em abril, com queda na maioria dos mercados analisados.

Ao contrário de 2020, quando o incremento da cebola produzida no Nordeste teve início em junho, neste ano esse reforço (sobretudo da Bahia e de Pernambuco) teve início a partir do final de abril, ganhando intensidade durante o mês de maio. Neste cenário, a oferta do bulbo a partir do Nordeste teve um incremento superior a 80% no último mês se comparado com o volume de produto disponibilizado nos mercados atacadistas em abril.

Esse movimento compensou a queda na produção sulista, que registrou diminuição de oferta de aproximadamente 40%, comportamento esperado para este período do ano. A partir de agora, o cenário nacional fica caracterizado pela pulverização da produção. Além do Nordeste, o Sudeste e o Centro-Oeste ganham destaque na composição da oferta nacional, diminuindo o espaço para a entrada do bulbo importado. Houve queda em todas Ceasas analisadas, com maior impacto em Recife (PE), quase - 40%.

No caso da cenoura, a maior disponibilidade do produto pode ser explicada pela alta da participação do produto originário de Minas Gerais nas Centrais avaliadas. Outro importante estado produtor que elevou os envios da hortaliça foi Goiás. As condições climáticas, principalmente o tempo seco, vêm favorecendo a produtividade e, consequentemente, a oferta desse produto. Também houve queda em todas as Ceasas analisadas.

Na batata a alta dos preços foi observada em grande parte dos mercados. Diminuição, quase finalização, do ritmo de colheita da safra das águas. Em maio, queda acentuada da oferta da referida safra, especialmente a partir dos estados do sul do país. No Ceagesp alta de quase 12%.

O tomate teve oscilações de preços relacionadas às mudanças de temperatura em maio, que atingem diretamente a maturação do fruto e é causa de variações da oferta. O cenário nacional é de interseção de duas safras: a de verão deixando o mercado e a de inverno intensificando paulatinamente sua oferta. Queda de -11% em Vitória (ES) e alta de 48% em Recife (PE).

Por fim na alface houve queda na maioria dos mercados. As temperaturas mais baixas, as variações nas medidas de contenção da pandemia e a menor renda da população ocasionaram redução na demanda. Maior retração em Belo Horizonte (MG), com -21%.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.