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Preços da batata estão em queda

Por outro lado a cebola teve alta expressiva em todas capitais analisadas


Foto: Eliza Maliszewski

O 2º Boletim Prohort 2021, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostra queda em preços de algumas hortaliças. Quatro das cinco variedades analisadas nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) apresentaram preços menores na maioria dos Estados. São elas: batata, tomate, alface e cenoura. Já a cebola registrou altas exponenciais.

Segundo a análise a batata começa a ficar mais em conta nos principais mercados atacadistas do país. No primeiro mês deste ano os preços de comercialização praticados arrefeceram, chegando a registrar ligeira queda em três Ceasas. Essa desaceleração interrompe as altas registradas, desde outubro do ano passado, nas cotações do produto. A expectativa para fevereiro é que as cotações continuem caindo com a intensificação da safra das águas. Maiores quedas em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Por outro lado alta de quase 18% em Fortaleza.

Apesar desse movimento de queda, os valores de comercialização verificados se mantêm superiores aos do mesmo período de 2020 e de 2019. Em São Paulo, por exemplo, o preço registrado em janeiro deste ano está 48% mais alto em relação ao mesmo tempo de 2020 e 55% quando comparado com 2019. O mesmo ocorre no mercado atacadista da capital mineira, onde os percentuais são ainda maiores, 69% e 97% respectivamente. Se por um lado as cotações estão maiores, por outro a oferta do tubérculo está menor quando comparado com os dois últimos anos.

A alface registrou queda em três praças e uma alta de 25% na Ceagesp. Comuns para este período do ano, as chuvas em janeiro ocorreram em todas as regiões do Brasil, mesmo que não distribuídas de forma regular, e prejudicaram o cultivo das folhosas. Os dias muito chuvosos comprometem não só a produção, mas muitas vezes inviabilizam a colheita e o transporte para os centros consumidores. É possível observar uma queda de 14% na oferta, na comparação com janeiro de 2020, nos mercados considerados nesta análise.

O tomate teve queda de quase 20 em Vitória (ES) e outras duas praças e elevação de quase 27% em Brasília. Os aumentos de preços em janeiro podem ser explicados pela quantidade total ofertada aos mercados analisados, que diminuiu 12% de dezembro de 2020 para janeiro de 2021. O clima chuvoso dificultou a colheita do fruto, ajudando na diminuição da oferta aos mercados. 

Por fim a cenoura registrou queda em todas as capitais analisadas, sendo Goiânia a com maior retração nos preços na casa de 11%. Isso pode ser explicado pelo nível de oferta. Na comparação desse mês com dezembro de 2020, a oferta total aos mercados analisados caiu 7,2%, o que poderia provocar um aumento de preços. Contudo, ao se comparar o que foi comercializado em janeiro com meses anteriores a dezembro, observa-se que a quantidade comercializada é maior que a de quase todos os meses de 2020.

Cebola vilã

Somente a cebola apresentou de forma unânime alta de preços. A quantidade de cebola disponibilizada no mercado em janeiro deste ano caiu. A queda fica próxima a 5% ao ofertado em dezembro de 2020, o que ajuda a explicar a alta nos preços verificada. A maior ocorreu na Central de Abastecimento de Brasília, com aumento aproximado de 44%. Fortaleza teve alta de 42% e Goiânia 33%. Na Ceagesp alta de 17%. Já é esperada uma elevação nas cotações deste produto nos primeiros meses do ano. Nesta época, a produção fica concentrada no Sul do país, o que pressiona a demanda para essa região e abre espaço para maior entrada da cebola importada. A Região Sul participou com, aproximadamente, 80% da oferta nacional. 

O levantamento dos dados estatísticos que possibilitaram a análise deste mês foi realizado nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, Goiânia/GO, Brasília/DF e Fortaleza/CE que, em conjunto, comercializam a maior parte dos hortigranjeiros consumidos pela população brasileira.
 

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