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Qual a melhor opção de crédito para o produtor rural?


Opinião Livre

Por Gustavo Alves, CEO da Nagro

Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento indicam que o valor obtido, via créditos rurais, por médios e grandes produtores rurais foi de R$ 92,1 bilhões entre julho de 2017 e fevereiro deste ano, ou seja, 12,4% maior do que no mesmo período da safra anterior.

Este cenário mostra o grande interesse dos agricultores e dos pecuaristas por tal recurso e também contribui para refletir sobre uma questão importante. Afinal, qual a melhor opção de crédito para o produtor rural?

Alguns fatores devem ser avaliados antes desta resposta, como perfil, tipo de cultura, onde a propriedade está localizada, tamanho da área e a sua demanda de crédito. A partir destes elementos, conseguimos identificar o crédito que terá o melhor custo-benefício.

Atualmente, os quatro principais tipos são: crédito rural (destinado a investimento, comercialização ou custeio da produção); barter (pagamento realizado na pós-colheita, com a entrega de parte dos grãos); compra a prazo (pagamento com recursos financeiros, na pós-colheita); e venda futura da produção (soja verde/adiantamento).

Em qualquer uma destas opções, deve ser observado o prazo de reembolso, a taxa de juros, requisitos para liberação do crédito, garantias exigidas e prazo até a liberação.

Outros pontos importantes são: se o crédito é sustentável, ou seja, se há viabilidade econômica para o investimento, se os prazos de liberação e reembolso casam com o ciclo da cultura e/ou do empreendimento, se a atividade desenvolvida está em conformidade com o zoneamento de risco climático e também com exigências legais e ambientais dos financiadores.

Além disso, no momento da contratação, as cláusulas do contrato de formalização do crédito devem ser estudadas, pois o não cumprimento do acordado pode ter como consequência o pagamento antecipado do crédito em um momento em que o produtor ainda se encontra descapitalizado.

Tudo indica que a demanda por crédito agrícola deve aumentar nos próximos anos, impulsionada, principalmente, pela utilização de novas tecnologias no campo, o que propicia um crescimento sustentável do setor.

Novos players também devem se estabelecer nesta área, como bancos privados e fundos de investimento. Melhor para o produtor rural, que terá mais opções de escolha para continuar a fazer um bom negócio.

Gustavo Alves tem passagens pela IHARA e Marca Agro Mercantil. Formado em Agronomia pela Universidade Federal de Uberlândia e com MBA em Gestão do Agronegócio pela ESALQ/USP, tem ampla experiência em administração de fazendas, tendo administrado as fazendas Pedro Pereira e Chuva. Gustavo Alves é CEO da Nagro – Crédito para o Agronegócio (www.nagro.com.br).

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