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Revolução Tecnológica e Margem de Lucro


Frederico Franco

As tecnologias digitais são cada vez mais predominantes em todas as cadeias produtivas do agronegócio, reduzindo desvios de informação, aumentando a transparência e os rendimentos da produção para novos patamares.

Assim sendo, podemos dizer que temos 4 fases de evolução da tecnologia agrícola que definem a maturidade dos países produtores. Por exemplo, quando se trata de produtividade do milho, a África e a Índia permanecem no primeiro estágio, apelidado de Revolução Verde, que é definida pelo uso de fertilizantes e pesticidas.

Em contrapartida, países como a Argentina, Brasil e China estão na fase da agricultura moderna, que envolve novas gerações de produtos de proteção de culturas e novos métodos de cultivo, e evoluindo para o uso extensivo da agricultura de precisão.

 A União Europeia e os Estados Unidos avançaram para a agricultura do século XXI, caracterizada pela agricultura de precisão, usando análises avançadas para aplicar nutrientes e produtos de proteção de culturas a taxas variáveis.

Nos próximos anos, apenas os produtores que dominam a agricultura de precisão estarão prontos para aproveitar as tecnologias agrícolas da quarta geração. Embora distante, essa evolução contará com a proliferação de biotecnologias, edição de genes e automação, incluindo robôs agrícolas que monitoram os campos e realizam as colheitas.

E se a digitalização da cadeia produtiva baixar as margens de lucro?

Vemos um futuro em que as plataformas digitais permitem total transparência e rastreabilidade em toda a cadeia produtiva de alimentos, criando um ambiente no qual os atores da cadeia de produtiva podem comprar e vender mais facilmente entre si, comparar preços e revisar e classificar fornecedores.

 Um mercado de agronegócios on-line reúne aqueles que procuram comprar e vender equipamentos, seguros, terras, ferramentas, tratores e implementos agrícolas. Esse ambiente pode levar ao surgimento de plataformas de negociação on-line de produtos agrícolas - contando com empresas de moeda virtual e tecnologia financeira para promover a compra e venda de insumos agrícolas.

Essa facilidade comercial ajuda todos os envolvidos na cadeia, mas também pode diminuir as margens de intermediários, como produtores, distribuidores e comerciantes. De fato, as margens comerciais do agronegócio brasileiro caíram em grande parte das culturas, conforme evidenciado no artigo “Agronegócio - Como está a rentabilidade da sua atividade?” (https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/agronegocio---como-esta-a-rentabilidade-da-sua-atividade-_422055.html).

De acordo com a McKinsey, as margens anuais das principais empresas de commodities da Europa, caíram de 15% em 1998 para 9% em 2018 (Médias ponderadas das receitas anuais da ADM, The Andersons, BayWa, Bunge, Graincorp, Olam International e Suüdzucker. Fonte: McKinsey Corporate Performance Analytics). Retornos mais baixos exigem a melhora na capacidade de ser competitivo em termos de custos, que hoje é amplamente alcançada com a adoção de tecnologias ainda mais relevantes.

Embora algumas dessas inovações parecem estar longe de nossa realidade, a digitalização vai melhorar a vida dos produtores rurais e dos consumidores, especialmente na redução de tempo e recursos desperdiçados, aumentando a produtividade e consequentemente reduzindo os custos para obterem maiores margens de lucro.

Para saber mais sobre o tema,acesse os artigos a seguir:

Revolução Tecnológica no Campo - https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/revolucao-tecnologica-no-campo_412020.html

A Revolução Digital e seu impacto no agronegócio - https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/a-revolucao-digital-e-seu-impacto-no-agronegocio_404507.html

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