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Estação de pesquisa completa 40 anos no Brasil

Do local já saíram importantes soluções para a agricultura global


Foto: Divulgação

A pequena Santo Antônio de Posse, localizada na região de Campinas (SP), abriga um dos mais importantes centros de pesquisa para o desenvolvimento de soluções para cultivos e sementes do mundo. A Estação Experimental Agrícola da alemã Basf está completando quatro décadas. 

A cidade foi escolhida na década de 80 devido a sua posição estratégica para o agronegócio e proximidade com grandes centros e instituições do setor. O clima da região também foi levado em consideração para permitir o cultivo das principais culturas. São testadas as atividades biológicas dos defensivos e a influência do clima, tipo de solo e diferentes tecnologias de aplicação. 

Em uma área de 110 hectares são lavouras experimentais com as mais variadas tecnologias em observação e instalações de pesquisa como laboratórios com tecnologia de ponta. A estação faz parte da rede global da multinacional e, por isso, do Brasil sai um importante trabalho para a agricultura mundial em controle de pragas, doenças e plantas daninhas, com foco em equilibrar meio ambiente, produção e demandas da sociedade. 

Todo novo produto fitossanitário desenvolvido pela marca na América Latina passa, em algum momento, pelo local, trabalhando diretamente com o Centro de Pesquisas Agrícolas de Limburgerhof, na Alemanha. A estação é única do gênero no Hemisfério Sul e tem desde grandes culturas como soja, café, milho, algodão até citros, hortaliças, frutas e flores.

Em 2009 a estação adquiriu uma área no município vizinho para uma Área de Reserva Legal e Preservação Permanente (APP). Até então, por meio do Programa Mata Viva, já foram plantadas 30 mil mudas de espécies da Mata Atlântica, restaurando 18 hectares.

O Portal Agrolink conversou com  Marcelo Ismael, diretor de Inovação, P&D da Divisão de Soluções para Agricultura da BASF para América Latina, sobre este centro, sua importância para a agricultura e o que está previsto em lançamentos.

Portal Agrolink: Como e por que a BASF resolveu criar a estação de pesquisa?

Marcelo Ismael: a Estação Experimental Agrícola em Santo Antônio de Posse (SP) foi desenvolvida com objetivo de ser globalmente, um espaço de pesquisa em agronegócio da BASF na América Latina. A Estação é focada em pesquisas e estudos voltados ao desenvolvimento de novas soluções para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas que atacam os principais cultivos no Brasil e em países da América Latina. A unidade, juntamente com a Estação de Pesquisa localizada em Trindade (GO), faz parte da rede global de pesquisa e desenvolvimento da Divisão de Soluções para Agricultura. Na América Latina, a empresa tem mais de 30 estações de pesquisa e campos avançados.

Portal Agrolink: quais as principais soluções que já saíram do local?
Marcelo Ismael:
os trabalhos conduzidos em Santo Antônio de Posse contribuem com pesquisas realizadas em nível mundial pela empresa, para o desenvolvimento de soluções para proteção de cultivos e sementes, visando desenvolver inovações a serem utilizadas pelos agricultores. Algumas moléculas amplamente utilizadas pelos agricultores foram desenvolvidas e testadas em Santo Antônio de Posse. Um dos exemplos mais emblemáticos é o do ingrediente ativo Xemium® que é usado no controle de doenças fúngicas em soja, algodão, milho, café, amendoim, entre outros cultivos. Os fungicidas da família Xemium® proporcionam um excelente controle das principais doenças das plantas, protegendo o potencial produtivo das lavouras. E muito mais está por vir.
 
Portal Agrolink: que atividades o local concentra hoje, que soluções desenvolve, capacidade de pesquisa, estrutura?
Marcelo Ismael:
todas novas tecnologias desenvolvidas para agricultura na BASF passam pela Estação de Pesquisa de Santo Antônio de Posse antes de chegar aos mercados dos países do continente. A Estação é focada no desenvolvimento em soluções para todo mundo. Anualmente, a empresa investe cerca de 900 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento de novas soluções para a agricultura.
 
Portal Agrolink: qual o foco de trabalho nesta década, chegando aos 50 anos?
Marcelo Ismael:
  a Estação de Pesquisa da BASF em São Antônio de Posse (SP) recebeu grandes investimento ao completar 40 anos de atividades. Foram investidos aproximadamente 7,6 milhões de euros em infraestrutura, laboratórios e equipamentos.

O foco com estes investimentos é ampliar o Centro de Tecnologia para Tratamento de Sementes para desenvolver soluções químicas e biológicas para tratamento de sementes, inoculantes, polímeros e realização de testes de qualidade. Além disso, a unidade passa a contar com o laboratório de Crop Analytics, voltado para o desenvolvimento de tecnologias em sementes, com a realização de ensaios moleculares para garantia de qualidade e integridade do material genético.

São cerca de 18 mil metros quadrados construídos após o investimento. As melhorias incluem a reforma e a expansão de vários prédios, entre eles o prédio administrativo e do refeitório.

Portal Agrolink: podemos esperar alguma solução lançada em breve saindo da estação?
Marcelo Ismael:
a empresa planeja lançar mais de 35 soluções no Brasil até 2030 (entre biotecnologias em sementes e defensivos), além dos lançamentos de variedades de soja e algodão, ferramentas digitais e sementes de frutas e hortaliças. Na América Latina, a previsão é de mais de 180 lançamentos. Algumas dessas novas tecnologias passam pela Estação de Pesquisa de Santo Antônio de Posse antes de chegar aos mercados dos países do continente.

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