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5 fatos do agro para acompanhar em julho

Boom dos preços das commodities tem puxado também o mercado de insumos


Foto: Pixabay

A largada foi dada para a colheita do milho safrinha no estado do Paraná, destaca o professor Doutor Marcos Fava Neves. “A estimativa do Deral-PR (Departamento de Economia Rural do Paraná) é de uma quebra de produção de 13,4% em comparação ao ciclo passado, chegando a 10,3 milhões de toneladas”, aponta ele. 

“A estiagem prolongada e as chuvas irregulares têm castigado as áreas do cereal, sendo que apenas 22% delas estão em boas condições, enquanto 46% e 32% se encontram em condições medianas e ruins, respectivamente”, acrescenta Fava Neves, que é titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio.

De acordo com ele, o boom dos preços das commodities tem puxado também o mercado de insumos: “As vendas de fertilizantes totalizaram 40,5 milhões de t em 2020, apresentando crescimento de 12% frente ao ano passado e valor recorde até então, de acordo com dados da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos). O setor segue otimista para esse ano, com expectativa de comercialização de mais de 44 milhões de toneladas, sendo que as vendas antecipadas já registram 65% da demanda e com uma das relações de troca mais favorável aos agricultores”. 

Confira abaixo os “cinco fatos do agro” que, na visão do especialista, merecem ser acompanhados em julho:

    a) A colheita do milho segunda safra e a performance produtiva. Grandes perdas estão sendo esperadas;
    b) O comportamento das exportações de grãos do Brasil, que estão em ritmo impressionante;
    c) Os desdobramentos da crise hídrica, a forte melhora das perspectivas econômicas e os seus impactos no consumo do mercado interno, e os biocombustíveis. A aceleração da vacinação contra a Covid-19 também está trazendo a confiança de volta; 
    d) O bom desempenho da safra nos EUA, aparentemente com menos problemas climáticos, e alguma ameaça no ambiente político de se reduzir a mistura de biocombustíveis, contrariando o que era esperado da atual gestão. Isso poderá representar grande perda ao agro brasileiro;
    e) A inflação de custos na agricultura, e possíveis preços menores de venda dos produtos com a recente valorização cambial e safras maiores no ciclo 2021/22.

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