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Estudo inédito identifica produtos químicos renováveis

Cinco cadeias tem grande potencial para a bioeconomia


Foto: Eliza Maliszewski

Um estudo inédito, financiado Centro de Inovação Brasil-Europa (ENRICH in Brazil) e desenvolvido Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), identificou e analisou quais os produtos químicos renováveis com maio potencial para a economia brasileira.

Com o título “Biochemicals in Brazil: a market assessment of five strategic product categories”, os pesquisadores coletaram e analisaram informações sobre consumo e produção de bioquímicos, bem como entrevistas com representantes do setor no país.

A pesquisa concluiu que o Brasil tem grande potencial de desenvolvimento de cinco categorias de químicos de origem renovável: cosméticos e produtos para cuidados pessoais; adoçantes; nanocelulose; bioplásticos e plataformas bioquímicas.

O crescimento da indústria de bioquímicos, pautado em tecnologias ambientalmente sustentáveis para a criação de novos produtos, foi um dos principais motivadores da pesquisa, também motivada pelas oportunidades de colaboração internacional no setor.

“Nosso objetivo, como financiadores e apoiadores da pesquisa, é colaborar para o fomento das oportunidades de colaboração entre o Brasil e a Europa, no desenvolvimento de atividades ligadas à ciência, tecnologia e inovação, e no fortalecimento da bioeconomia, e dos bioquímicos renováveis, fundamentais para um futuro responsável e sustentável”, afirma Filipe Cassapo, presidente do ENRICH no Brasil.

Além do interesse mundial cada vez maior por produtos desenvolvidos a partir de fontes renováveis, a biotecnologia de maneira geral e os químicos em particular representam uma das áreas com maior potencial para colaboração entre o Brasil e a União Europeia. 

"A atual crise ambiental vem acelerando a busca pela substituição dos petroquímicos e combustíveis fósseis por tecnologias renováveis em todo o mundo, e o Brasil está bem posicionado para responder a esse desafio: além de ter uma matriz energética impressionantemente limpa, em comparação com outros países industrializados, possui uma rica biodiversidade, um complexo agroindustrial forte e recursos adaptáveis, com inúmeras potencialidades”, observa Sérgio Queiroz, coordenador do estudo.

Outro ponto forte apontado pelo estudo é o fato de o Brasil contar com importantes institutos de pesquisa, que atuam como pontes entre a produção científica que dá suporte ao desenvolvimento de novas tecnologias - geralmente localizada nas universidades - e a comunidade industrial.

A pesquisa também aponta desafios para a indústria brasileira na área de bioquímicos, como custos de produção, infraestrutura industrial, políticas públicas para incentivar a fabricação de produtos mais sustentáveis e questões regulatórias, inclusive ligadas à certificação e destino final dos bioplásticos. "Um dos caminhos para acelerar a superação desses desafios é justamente a realização de parcerias”, afirma Queiroz. 

* com informações do ENRICH Brasil

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