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Mercado halal chegará a US$ 3,2 trilhões em 2024

Oportunidades de conquistar o mundo árabe tem atraído muitas empresas brasileiras


Foto: Divulgação

A comunidade muçulmana é de 1.8 bilhão pelo mundo mas, em 2050, devem ser 2,76 bilhões, ou seja, 29,7% da população mundial.  O mercado dos países árabes é ávido e gigantesco e pode ser boa oportunidade para diversos segmentos do agronegócio brasileiro. Os árabes demandou cerca de 1 milhão de toneladas de frango no primeiro semestre.  

Não é só proteína. São vários mercados que podem usufruir destas oportunidades: alimentos e bebidas (sucos, queijos, lácteos, gelatina, doces, entre outros); fármacos; cosméticos; finanças islâmicas, moda; mídia e recreação e turismo. “Entre os alimentos que já estão solicitando a certificação halal estão o açúcar, sucos, doces, gelatinas, arroz, soja, café, amendoim, inclusive lubrificante alimentício, algodão e ração para animal”, pontua CEO da Cdial Halal, Ali Saifi.

Nos próximos três anos o mercado halal pode chegar a US$ 3,2 trilhões. A Câmara Comércio Árabe-Brasileira aponta que previsão no setor de cosméticos é atinjir US$ 95 bilhões até  2024; o setor de moda preve faturar US$ 402 bilhões; o mercado farmacêutico deve chegar a US$ 134 bilhões. Em alimentos e bebidas a Africa IslAmic Economic Foundation destaca que o setor registrou, em 2018, US$ 1.369 bilhão. E a previsão é que alcance, em 2024, US$ 1.972 bilhão, aumento de 44%.

Um dos principais produtos a ganhar mercado é o açúcar. No ano passado, o Brasil exportou quase 16 milhões de toneladas e teve o açúcar considerado o 11º principal produto exportado pelo país. Os principais países importadores foram a Argélia, Bangladesh, Nigéria e a Arábia Saudita. Neste ano, entre os meses de janeiro e março, os países árabes já tiveram participação de 10% nas exportações mundiais de açúcar. O valor exportado de açúcar e melados já atingiu US$ 191 milhões até o mês de março.

O Brasil é hoje o maior exportador de produtos halal do mundo. As regras da produção seguem requisitos como certificação em todo processo, desde a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento. No segmento de proteína animal, todo o processo deve ser certificado, desde a segregação dos animais, manejo, nutrição, abate e logística. Não basta ter o selo na embalagem. Se não houver a validação de todo processo de acordo com as leis islâmicas não entra.

Para conseguir a certificação a empresa deve estar dentro dos padrões halal, ou seja, ter todo o processo produtivo adequado às normas permitidas pela religião muçulmana. O período para conseguir a certifiação é cerca de um mês. A auditoria deve ser realizada por uma equipe de auditores, sendo composta por no mínimo dois auditores, um auditor técnico e um especialista em assuntos islâmicos.
 

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