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Produção de Mato Grosso tem desvalorização de 3,33%

o Valor Bruto da Produção somou R$ 69,81 bilhões ante R$ 72,22 bilhões contabilizados em 2016


A produção agropecuária de Mato Grosso fechou o exercício 2017 com desvalorização de 3,33% em relação ao ano anterior. O recorde histórico na produção não foi suficiente para assegurar a receita da última safra. 

Conforme balanço divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Valor Bruto da Produção (VBP) somou R$ 69,81 bilhões ante R$ 72,22 bilhões contabilizados em 2016. Das sete atividades com o maior faturamento do Estado, apenas três tiveram saldo positivo: algodão, cana-de-açúcar e suínos. 

Com esse desempenho, Mato Grosso fechou o ranking nacional, mais uma vez, na segunda colocação, atrás de São Paulo, estado que registrou receita de R$ 72 bilhões, queda anual de 8,86%. 

Apesar da liderança paulista no VBP nacional, quando se avalia apenas o desempenho da agricultura, a receita contabilizada por Mato Grosso – que é o maior produtor nacional de grãos e fibra e registrou recorde de 61,98 milhões de toneladas – se torna a maior, acumulando R$ 55,31 bilhões ao longo do ano passado. 

A agricultura estadual – que sozinha respondeu por 79% da receita agropecuária de 2017 – também contabiliza recuo, já que em 2016 fechou com saldo de R$ 56,91 bilhões contra atuais R$ 55,31 bilhões. 

O VBP é calculado sobre as principais atividades agropecuárias desenvolvidas no país e nos estados e reflete a riqueza gerada da porteira para dentro. O valor apurado leva em consideração o volume produzido e o valor médio das cotações no período avaliado. 

CULTURAS – Tem importância no agronegócio estadual o algodão, a cana-de-açúcar, o milho, a soja, a bovinocultura, a suinocultura, a avicultura e as produções de leite e ovos. 

O algodão, cultura com a maior expansão do Estado, atingiu em 2017 receita recorde para série histórica do Estado desde 2008 ao somar R$ 14,18 bilhões. Na comparação com 2016 o crescimento é de 19%, pois o saldo anterior foi de R$ 11,92 bilhões. 

Outra cultura que registrou recorde no ano passado foi a cana-de-açúcar, cujo crescimento do VBP foi de 37,41%, ao atingir R$ 1,91 bilhão. 

O milho contabilizou perda de receita de 11,98% com o faturamento passado de R$ 10 bilhões para R$ 8,81 bilhões. A soja viu a receita encolher em 9,66%, com saldo saindo de R$ 31,89 bilhões para R$ 28,81 bilhões no ano passado. 

ATIVIDADES - Dos R$ 69,81 bilhões faturados pela produção agropecuária de Mato Grosso, R$ 14,50 bilhões foram originados pela atividade pecuária. O saldo de 2017 é 5,3% menor que o aferido em 2016, R$ 15,31 bilhões. 

Nesse segmento apenas a suinocultura registrou resultados positivos ao apresentar alta anual de 11,70%, passando de R$ 807,06 milhões para R$ 901,53 milhões. 

A principal atividade do segmento, a bovinocultura, teve queda de 2,23% com o VBP passando de R$ 10,81 bilhões para R$ 10,57 bilhões. 

A avicultura contabiliza queda anual de 19% com a receita passando de R$ 2,32 bilhões para R$ 1,88 bilhão. 

A produção de leite encolheu 6,58% com a receita passando de R$ 616,16 milhões para R$ 575,67 milhões. Já a produção de ovos registrou retração anual de 25,4%. O faturamento em 2017 passou de R$ 754,26 milhões para R$ 562,70 milhões. 

BRASIL – O VBP nacional encerrou 2017 com receita R$ 540,3 bilhões, 1,3% em valores reais acima do obtido em 2016, que foi de R$ 533,1 bilhões. Esse é o maior valor registrado desde 1989, quando se iniciou essa série de análise de dados. As lavouras tiveram crescimento de 4,2% e a pecuária, redução de 4,1%. 

O resultado favorável de 2017 deve-se principalmente à grande safra de grãos: 240,6 milhões de toneladas, segundo dados do IBGE e 237,7 milhões, segundo a Conab. A produtividade agrícola, e não o incremento de área, foi o principal fator responsável pelo bom resultado. Os preços agrícolas, em geral mais baixos do que em 2016, tiveram pouca ou nenhuma importância na formação do VBP nacional em 2017. 

“Além da importância da safra agrícola na geração de renda, destaca-se o papel que teve a agricultura no baixo índice de inflação obtido em 2017”, disse José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Mapa. (MP).

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