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Câmara volta a discutir PL que muda agrotóxicos para fitossanitários

Já é a quarta vez que o grupo se reúne para deliberar sobre o tema em meio à pressão de deputados


O projeto de lei que estabelece novas regras para o registro e uso de agrotóxicos no Brasil pode ser votado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Já é a quarta vez que o grupo se reúne para deliberar sobre o tema em meio à pressão de deputados, ONGs e famosos contrários às mudanças.

Entre os pleitos da indústria química e do setor agrícola estão a unificação da análise dos produtos pelo governo. Hoje, ela está dividida entre o ministério da Agricultura, que analisa o potencial agronômico das substâncias, a agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela determinação do risco à saúde humana, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), voltado ao estudo dos potenciais impactos ambientais de novas moléculas.

A existência de três protocolos de análise torna o processo lento: quase 1.000 produtos aguardam análise numa fila de espera que chega a durar oito anos – ante uma média de dois em países europeus e nos Estados Unidos.

O texto que hoje está à mesa dos deputados concentra o processo de aprovação numa única instância, o Ministério da Agricultura, e atribui às demais a homologação de pareceres técnicos encaminhados pelas empresas fabricantes – sugestão que entrincheirou os órgãos de saúde e meio ambiente contra a proposta.

Outra mudança diz respeito ao entendimento do nível de perigo de uma determinada substância. Atualmente, caso ele seja considerado inaceitável (com moléculas cancerígenas, por exemplo), o trâmite de registro é interrompido. De acordo com os defensores do PL, a retirada precoce dessas substâncias do páreo põe o agronegócio brasileiro em desvantagem frente aos concorrentes.

 

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