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Brasil mescla temporais e estiagem

A semana começa com climas diferentes pelo Brasil. Chuva deve trazer alívio ao Sul


Foto: Marcel Oliveira

A semana começa com climas diferentes pelo Brasil. Na tarde deste domingo (8) um temporal e ventos de quase 60km/h atingiram o município de Dourados (233 km de Campo Grande/MS). Pelo menos 40 árvores caíram, houve falta de energia elétrica e alagamentos. A chuva foi rápida mas serviu para amenizar as altas temperaturas na casa dos 38,8ºC, com sensação térmica de 44ºC. 

Segundo o Cemaden neste início de semana, com o avanço de instabilidades, o corredor de umidade terá pequeno deslocamento para sul, aumentando chance de chuva em parte do interior do Brasil (norte de MT, GO e interior de MG). 

Nesta segunda-feira (9), as chuvas ficarão mais concentradas entre o norte do Rio Grande do Sul e todo o estado do Santa Catarina, no sul do Mato Grosso do Sul e região central de Minas Gerais com chances de chuva forte. Essas chuvas serão por conta da presença de cavados. Um que se estende do oeste ao litoral gaúcho pela faixa sul catarinense e outro sobre os estados de São Paulo, sul de Minas e Rio de Janeiro, que vai influenciar o tempo em toda a região. 

Já no Mato Grosso as chuvas se concentram numa faixa que se estende do noroeste a sudeste do estado, e a chuva será provocada pelo calor e umidade disponível.

Estiagem castiga Sul

Em Santa Catarina os efeitos da estiagem são severos. Segundo a Epagri não chove consideravelmente sobre o estado há 18 meses e os principais rios estão em estado de alerta. Cerca de 40 municípios estão em estado de atenção. É a seca mais severa desde 2005. Os prejuízos já são sentidos na agropecuária. 

O milho silagem acumula perda média de -6,75% na produção estadual, resultando numa produção esperada de 8,8 milhões de toneladas. Para o milho grão primeira safra, até o momento, a perda média esperada para o estado é de – 4,12%. O fumo enfrenta até agora uma variação média de produção de – 1,92% no estado, com produção estimada em 209,7 mil toneladas e as pastagens já têm reflexo na qualidade. O arroz tem a quebra de produção média esperada até o momento para o Estado é de – 1,66%, com maior impacto no Sul, onde as perdas estão estimadas em -2,89%. 

O alho é a cultura de inverno onde se espera maior quebra de produção até agora, de -15,4%. A cebola, cultura em que Santa Catarina é líder nacional, deve encerrar a safra 2020/21 com uma produção de 475 mil toneladas, variação média estadual de -1,76% até agora. O trigo deve ter aumento de produção de 5,6% devido ao crescimento da área cultivada. Apesar disso, são esperadas perdas de -11,39% no Meio-Oeste, -7,08% no Oeste, e pequena alta de 0,37% no Extremo Oeste.

No Rio Grande do Sul a seca já reflete no milho. Em geral, a chuva das últimas semanas amenizou a situação, mas a tendência é de redução de rendimento tanto na produção de grãos quanto na quantidade de massa verde destinada à silagem, visto que a cultura se apresenta com porte muito baixo. O Paraná também tem efeitos e  enfrenta racionamento de até 56 horas desde março. 

Um pequeno alívio deve vir nesta semana. Há previsão de grandes volumes para o centro-norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e praticamente todo Paraná. A chuva diminuiu na quinta-feira (12)

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