CI

Comercialização do tabaco da Safra 2017/18 contabiliza 40%

Comercialização do tabaco da Safra 2017/18 está deslanchando e soma em torno de 40%


Iniciada em meados de janeiro, a comercialização do tabaco da Safra 2017/18 está deslanchando e soma em torno de 40%. O total foi apurado no último fim da semana pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e, segundo o gerente técnico, Paulo Vicente Ogliari, é um índice considerado ainda baixo, mas que está dentro da normalidade levando em conta o período do ano.

Na região de atuação da filial da Afubra de Venâncio Aires, a compra segundo Ogliari, na variedade do Virgínia, está abaixo do índice geral e ele credita isto ao fato dos produtores segurarem o produto no galpão, esperando um preço melhor mais perto do encerramento da compra. Alguns já venderam toda a sua produção; outros, uma parte e, alguns ainda, estão com todo o produto estocado nos galpões, como é o caso do casal Armin e Cidônia Schuster, morador de Linha Silva Tavares. 'Sempre vendemos o nosso produto quase no fim da compra. É um costume que adotamos há muitos anos e não é em função de um reajuste no preço', salienta. O casal plantou 45 mil pés nesta e tem a estimativa de colher dez arrobas por mil pés. A quantia é inferior à safra passada quando da mesma quantia, colheu 11 arrobas por mil pés, mas contabiliza perdas em função de doenças no solo e por causa do forte temporal ocorrido no dia 1º de outubro último. Como ainda não vendeu, espera que a empresa compre dentro das classes e afirma que antes de vender, negocia no galpão com o orientador e com o supervisor da integradora. 'Com isso, não preciso ´brigar` com o classificador na esteira na hora da venda.'

Preço médio

Ogliari observa que na fase atual de comercialização, o produtor está conseguindo uma média de 7% melhor no preço em relação à safra passada. 'No ano passado, embora o preço tenha sido menor, o fumicultor colocou mais dinheiro no bolso porque colheu uma safra boa, porque o volume produzido foi maior', observa

Satisfação

Após duas vendas obter uma média de R$ 153 pela arroba do tabaco, deixa o casal Astério e Delise Verrmeier, muito satisfeito com o resultado. Morador de Linha Isabel, até o momento, o casal vendeu 142 das 380 arrobas estimadas para esta safra. O total será inferior as mais de 520 arrobas colhidas na última safra, pois também enfrentou problemas com o temporal e com doenças no solo. Um dos diferenciais do casal é que ele vende todo o seu tabaco em folha solta, dispensando a necessidade de emanocar, precisando somente enfardar, o que facilita e agiliza todo o processo.

Embora tenha vendido uma pequena quantia, a família de Nestor, Leonisia e Carline Linck, mais o cunhado de Nestor, Alceu Metz, de Linha Arroio Grande, está satisfeita com a média de R$ 165 recebida pela arroba. A família tem uma venda programada para esta semana e espera obter o mesmo resultado. 'Se continuarmos obtendo resultados satisfatórios no restante das vendas, vai compensar as perdas que tivemos com o temporal do dia 1º de outubro', projeta. A família plantou 30 mil pés e estima colher nove arrobas por mil pés, devendo totalizar 270 arrobas. Linck não soube precisar até quando vai comercializar o restante.

Perdas

Na avaliação de Ogliari, é sabido que na região do Vale do Rio Pardo vai haver uma quebra, porém ele ainda não tem como quantificar o percentual porque o volume comercializado até o momento ainda é considerado baixo. Com base nas informações dos próprios fumicultores, os índices variam de 15% a 20% ou até mais. De forma individualizada, vai ter produtor que vai contabilizar este índice de perdas devido aos estragos ocorridos no dia 1º de outubro, que fez com os fumicultores perdessem parte da sua safra. Aliado a isto, salienta Ogliari, está a estiagem que ocorreu na região Sul do estado, que também é grande produtora de tabaco.

  • 685 mil toneladas é a previsão para a Safra 2017/18, em torno de 3% a menos que na safra passada, que somou 705 mil toneladas.
  • R$ 8,77 no ano passado, os fumicultores por este valor o quilo do tabaco
  • R$ 9,36 é o valor do quilo que os produtores estão vendendo o tabaco na safra atual.
  • 60% é o percentual da variedade Burley vendido na região de atuação da Afubra de Venâncio Aires.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.