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Governador defende debate sem preconceito sobre os produtos de tabaco aquecido

O governador do Estado garantiu apoio político ao setor no processo de regulamentação dos cigarros de tabaco aquecido


Foto: Marcel Oliveira

Em visita à maior região produtora de tabaco do país, o governador do Estado, Eduardo Leite, mais do que reconhecer a importância social e econômica da cadeia produtiva, garantiu apoio político ao setor no processo de regulamentação dos cigarros de tabaco aquecido, popularmente chamados de cigarros eletrônicos.

A agenda no município de Santa Cruz do Sul, acompanhada pela reportagem da Folha do Mate, incluiu uma visita à Philip Morris Brasil, na segunda-feira, 9. Na fábrica, o chefe do Executivo gaúcho conheceu todas as etapas de fabricação de cigarros tradicionais. Porém, foram suas afirmações sobre os novos produtos de tabaco, já realidade no mercado externo, que animaram os representantes do setor. Leite garantiu apoio do Governo do Estado na discussão nacional sobre a regulamentação que cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e defendeu um “diálogo sobre os novos produtos sem preconceito”. É a agência que regula a fabricação e comercialização dos cigarros eletrônicos no país.

Para ele, a partir da permissão da fabricação se criará uma nova perspectiva de investimentos privados no setor. “A gente entende que esse debate precisa ser feito em âmbito nacional e é um dos caminhos que pode gerar até novos investimentos no estado”, afirmou. Leite observou que o cigarro eletrônico é uma demanda mundial e que as indústrias têm a possibilidade de fazerem investimentos no Rio Grande do Sul. “Nós trabalhamos para que, uma vez isso seja resolvido, tornar o Rio Grande do Sul o primeiro estado a receber o investimento de unidades industriais para a fabricação destes novos cigarros eletrônicos”, declarou.

Diálogo

Com gestão política e diálogo, o Governo do Estado quer apoiar a agenda de debates sobre a regulamentação dos novos produtos. “Não defendo que nada seja autorizado e feito sem ser amplamente discutido, para se compreender os efeitos positivos e também negativos.”

O contrabando de cigarros, outro tema importante na agenda da cadeia produtiva do tabaco, também foi destacado no discurso do governador Eduardo Leite. Ele afirmou que o Estado está trabalhando fortemente no combate ao mercado ilegal. “Isso é fundamental, tanto para a indústria, quanto no combate ao crime organizado.”

Uso de novas tecnologias

Na fábrica da Philip Morris, em Santa Cruz do Sul, o governador Eduardo Leite foi recebido pelo diretor de Operações da Philip Morris Brasil (PMB), Alejandro Okroglic e pelo diretor de Relações Externas da empresa, Fernando Vieira. Eles destacaram a importância do uso de novas tecnologias para o desenvolvimento da cadeia produtiva do tabaco.
“É uma honra para nós receber o governador Eduardo Leite em nossa unidade, nesta primeira visita à Santa Cruz do Sul. Representa uma oportunidade para reforçarmos o compromisso que a PMB mantém com o desenvolvimento do Estado há 45 anos”, destacou Okroglic.

O que disseram

  • Para o prefeito de Venâncio Aires e membro da diretoria da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Giovane Wickert, as declarações de Leite foram muito positivas. “Dificilmente um governador vai para dentro de uma fábrica. Aqui ele mostrou e fez esse gesto. A gente já viu governador indo a atos inaugurais de fábricas, mas poucas vezes para fazer uma visita e fazer um gesto de apoio como foi desta vez. Essa ajuda institucional é importante para todos os municípios produtores de tabaco, para toda a cadeia produtiva, e para nós, que somos da Câmara Setorial do Tabaco e da Amprotabaco.” Wickert lembra que um dos principais debates que o setor terá pela frente envolvem os artigos da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco que estarão em pauta durante a 8ª Conferência das Partes, agendada para novembro, na Holanda.
  • Para o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo), Gualter Baptista Júnior, Leite demonstra sensibilidade com a cadeia produtiva do tabaco, especialmente com os 40 mil trabalhadores que atuam nas linhas de produção, ao se posicionar favorável ao setor. “É muito positivo este posicionamento, pois o governo mostra que além de incentivos ao investimento, tem atuado fortemente para o controle ao contrabando e vê como positivo a entrada de novos produtos como cigarro eletrônicos e de dispositivos de tabaco aquecido”, destacou.

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