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Por dentro da safra: ventania causa mais estragos na lavoura

Vento forte fez com que vários pés de tabaco ficassem inclinados e caídos para um lado


Foto: Marcel Oliveira

Este ano está sendo muito desafiante na agricultura. Já se teve de tudo quando o assunto é clima. E o final de semana trouxe mais um capítulo: vento muito forte. Foi tanto, em especial no sábado, em meio ao tempo instável, que vários pés de tabaco ficaram inclinados, caídos para um lado. E isso é ruim porque atrapalha a tarefa do desponte, da retirada das flores, bem como da aplicação do antibrotante, para evitar o surgimento de brotos, e inclusive na colheita, porque a planta ficará torta. Ou seja, é preciso fazer mais uma operação manual não prevista, com gasto de tempo para isso: passar na lavoura e reerguer uma por uma as plantas, isso se as raízes ainda suportarem novamente o peso. Menos mal que, pela previsão, a partir do final desta semana teremos tempo mais estável e com calor, algo fundamental, pois as plantas agora precisam de sol para se desenvolver plenamente.

Tabaco colhido apresenta boa qualidade

Se os últimos dias têm sido de muita chuva e instabilidade no clima, com muita umidade, podemos concluir que acertamos ao ter antecipado o início de colheita na propriedade. Enchemos a primeira fornada na segunda-feira da semana passada, da parcela de tabaco plantado por meu pai, seu Aloísio Pedro Weber, e ontem concluímos a cura dessa primeira estufa. E, para nossa satisfação, a qualidade está excelente, de cor clara, laranjinha (como mostra meu pai na foto abaixo). Agora, com o tempo instável desta semana, programamos dar sequência à colheita novamente na próxima segunda-feira, tendo em vista que a previsão é de dias ensolarados.

Semana para fazer o desponte das plantas

Esta semana, em nossa propriedade, será dedicada à tarefa de despontar as plantas, para, se possível, avançar bem com essa etapa. Ao mesmo tempo, faremos a colocação do antibrotante, para que então possamos nos ocupar da colheita a partir de agora. Os últimos dias foram bastante complicadas para as lavouras. Para se ter uma ideia, em nossa localidade choveu mais de 90 milímetros na quartafeira da semana passada, em um só dia. Em outras localidades houve muita variação; na região de Putinga, por exemplo, nem choveu. E no Paraná, onde a estiagem durava por semanas e a temperatura andava acima dos 30 graus, quando a chuva retornou veio acompanhada de granizo e vento forte, causando danos em muitas lavouras. É o drama constante da atividade na agricultura, praticada a céu aberto.

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