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Tabaco seca na lavoura no Rio Grande do Sul

Na Região Sul gaúcha produtores estão desanimados com a colheita


Foto: Dalvi de Freitas

A safra de tabaco passou da metade em uma das principais regiões produtoras do Brasil, o Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Cerca de 73% das lavouras foram colhidas. Nos três estados do Sul, maiores produtores, a safra alcança 45%.

Segundo o primeiro levantamento da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) a expectativa é de melhor produção e qualidade na atual safra em relação à anterior. Entre as principais variedades de tabaco produzidos, burley, virgínia e de galpão, a Afubra prevê a colheita de cerca de 607 mil toneladas no Sul do Brasil na safra atual. 

Na safra 19/20 o clima afetou a região. No começo deste ciclo as plantas sofreram com o granizo, que foi mais forte na safra 20/21. Nos três Estados do Sul foram atingidas 22.712 até agora. No mesmo período do ciclo anterior foram 19.234 lavouras atingidas.

Por outro lado na Região Sul gaúcha produtores estão desanimados com a colheita. Devido à falta de chuvas o tabaco está secando na lavoura. Diversas imagens circulam pelas redes sociais. Veja ao fim desta reportagem depoimentos e imagens.

Em relação à comercialização da nova safra, a Afubra, destacou que a partir da segunda semana de janeiro, as empresas devem retomar o período de compras. A classificação feita pelos produtores tem sido aceita pelas indústrias, o que animou os agricultores em suas primeiras vendas. Os preços da tabela devem ser definidos ainda neste mês, em negociação entre entidades e empresas fumageiras.

"Agricultura Braço Forte Desta Terra, mas sofre com a falta de chuvas" - Oli Rackow, de  Camaquã.

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"Estamos num Titanic afundando a cada dia que passa sem chuva mas o que dói mesmo e saber que o agricultor não vai ter o que vender porque tudo que tem vem do trabalho na lavoura. Como vamos comprar? Como vamos fazer para pagar as contas? Da onde vamos tirar?" , Juliano Coelho - Encruzilhada do Sul

"É com o coração doendo que posto essas fotos. Quanta falta está fazendo uma boa chuva", Simone Zalewski Silveira, de Dom Feliciano

“Mais um ano daqueles de desanimar. O sol torrando tudo pela frente”, disse a fumicultora de Dom Feliciano, Zélia Studzinski. 

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