Pesquisa mostra que compra online produtos frescos domina Europa
Rastrear o alimento, transparência e confiança no relacionamento com o consumidor são pilares importantes
A pandemia remodelou o cenário europeu de varejo de alimentos em velocidade e escala sem precedentes. A PMA, entidade que representa a indústria de produtos frescos (FFLV), realizou uma semana de análise do mercado varejista para entender o impacto da pandemia na Europa, Estados Unidos, América Latina e China.
A consultoria McKinsey e a EuroCommerce apresentaram os resultados do relatório O caminho a seguir para varejistas de alimentos europeus, com uma ampla pesquisa com varejistas e consumidores sobre o comércio eletrônico de 10 países.
“Identificamos 10 tendências do varejo na pesquisa ‘Interrupção, incerteza: O Estado do Varejo Europeu de Alimentos em 2021’, sendo as três principais: Preço, Sustentabilidade e Manutenção de compras no online”, disse Eugen Zgraggen, da McKinsey.
Para alguns varejistas 2020 foi o melhor ano de vendas, com crescimento de mais de 11% (Reino Unido e Suíça) na venda de alimentos pelo comércio eletrônico (+ 50%) porque diminuiu o fluxo nas lojas, em especial hipermercados, com uma mudança no comportamento do consumidor. “Os consumidores querem descontos e benefícios e esse é o momento de adequar estratégias. Há muitas razões para proposição de valor no segmento de produtos frescos, desde a demanda do consumidor à política protecionista de cada país”, explicou Claus Gerckens, da McKinsey.
O consultor da EuroCommerce, Jean-Albert Nyssens, ressaltou que a sustentabilidade está no radar da indústria de frutas, legumes e verduras. “Identificamos cinco mudanças chaves do consumidor: 39% permanecem na compra no comércio online, 37% levam em consideração o preço; 50% têm objetivos de estilo de vida com alimentos mais saudável e locais, mesmo que tenham, que gastar mais; 49% diminuirão compra de alimentos frescos com o retorno dos restaurantes no pós-Covid; e o resultado será menor lucratividade dessa indústria. O momento é desafiador para o varejista“.
Rastrear o alimento, transparência e confiança no relacionamento com o consumidor são pilares importantes na cadeia. “O preço é relevante, mas a sustentabilidade e a rastreabilidade do alimento são importantes para o consumidor”, resume Claus Gerckens.
* informações da PMA