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Biológico para Intacta chega ainda esse ano

Entrevista com Adriano Vilas Boas, CEO Global da AgBiTech


Foto: Marcel Oliveira

Após três anos de entrada no mercado brasileiro, a AgBiTech assumiu a liderança do mercado de baculovírus para lagartas da soja. Com dois milhões de hectares tratados na última safra, empresa designou o brasileiro Adriano Vilas Boas como CEO Global, e prepara lançamentos de biológicos para a soja Intacta e milho. Confira a entrevista com o executivo, publicada originalmente no portal chinês AgroPages:

Como avalia a participação da AgBiTech no mercado de biológicos para lagartas da soja na safra 2019-20?

Os dados levantados pela consultoria Spark Inteligência Estratégica mostram que obtivemos um salto altamente representativo na área de baculovírus para lagartas da soja. Após dois anos de atuação em nível comercial, antecedidos por outros dois anos inteiramente dedicados a estudos, pesquisa e desenvolvimento, a linha de tecnologias da AgBiTech para controle de lagartas está se consolidando, safra após safra, dentro das práticas de manejo seguidas pelo produtor brasileiro. Resultados comprovados, transferidos pelos bionseticidas da AgBiTech no manejo do complexo de lagartas de difícil controle da sojicultura, e as oportunidades abertas em outras culturas como algodão, milho e feijão, apontam tendências de crescimento para a empresa no agronegócio brasileiro nos próximos anos.

Como foram os dois primeiros anos de presença no Brasil?

Quando iniciamos nossa atuação no plano comercial, dois anos atrás, havíamos dedicado os dois anos anteriores à estruturação de nosso negócio. Formamos uma equipe técnica robusta, apta a liderar a profissionalização da comercialização de produtos biológicos, um segmento até então pouco percebido pela cadeia produtiva em geral. Realizamos estudos em profundidade, com a participação de alguns dos maiores pesquisadores e consultores do Brasil na área de controle de pragas. Para a realização dessas pesquisas, tivemos suporte de grandes grupos produtores de grãos, que a partir de então passaram a ter um outro olhar quanto à eficácia de biológicos, especificamente baculovírus. Foram estas, em resumo, as estratégias de base que nos alçaram à liderança do mercado de baculovírus para controle de lagartas da soja, com 17% de participação. Considerando todas as culturas, saltamos de 600 mil hectares para 2 milhões de hectares tratados na última safra, um crescimento acima de 200% em relação ao ciclo 2018-19.

Quais são os planos da empresa para o País?

Já na próxima safra deveremos lançar mais dois produtos no Brasil, para atender demandas importantes de agricultores na soja Intacta e no milho. A expectativa no médio prazo é a de também entrarmos em outras culturas além de soja, milho e algodão. Ainda no ciclo 2020-21, entraremos no mercado de monitoramento de lagartas, por meio de uma parceria estratégica com a Tarvos, uma startup brasileira que desenvolveu um sistema de última geração dentro do conceito “armadilhas” para lagartas. Este sistema possibilitará um manejo mais efetivo e econômico nos tratamentos para controle de lagartas. Acabamos também de intensificar nossa presença no Brasil inaugurando nosso laboratório em Goiânia (GO), bem como ampliando o suporte comercial e técnico perante o agricultor e também clientes da área de distribuição.

Que lançamentos e novidades poderão ser conferidos ainda este ano?

Em termos de lançamentos, podemos antecipar a chegada dos produtos Lepigen® e Cartugen® posicionados para a soja Intacta e o milho, respectivamente. Ante experiências e resultados observados na safra anterior, teremos ainda novas recomendações de manejo envolvendo a nossa linha de tecnologias com ênfase no controle das chamadas lagartas-problema, como aquelas dos gêneros Helicoverpa e Heliothis, Spodoptera frugiperda, Spodoptera eridania e Chrysodeixis includens, e que serão expandidos para novas culturas.

Como novo CEO Global, quais são os planos internacionais da empresa?

Manteremos foco e investimentos em curso no agronegócio brasileiro, importante ressaltar. Conseguimos demonstrar ao fundo controlador da AgBiTech, o Paine Schwartz Partners (PSP), com bilhões de dólares investidos em empresas agroinovadoras, que o Brasil concentra um mercado altamente estratégico para bioinseticidas e baculovírus. Trata-se de um mercado-chave e nosso desempenho aqui nos últimos dois anos reforça essa decisão. Fora do Brasil, a AgBiTech busca o crescimento no mercado dos Estados Unidos, manutenção da liderança na Austrália, e também penetração em regiões consideradas emergentes, como países da África e áreas do Paraguai, neste último em virtude da acelerada expansão da sojicultura.

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