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Farsul projeta aumento de área plantada

Aumento de volume, no entanto, não superará o recorde da safra de 2017


Nesta quarta-feira, em coletiva de imprensa, a Farsul apresentou os dados do relatório econômico de 2018, as projeções para o próximo ano e elencou os desafios a serem enfrentados para que o Brasil possa alavancar o desenvolvimento econômico. A expectativa para o campo gaúcho é que haja um crescimento de 3,4% na área plantada de grãos, assim como incremento de 3,4% em produção. O aumento de volume, no entanto, não superará o recorde da safra de 2017. 

O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, introduziu os principais assuntos que estão sendo levados às equipes dos governos estadual e federal que assumirão em janeiro: questões como o seguro rural, além de temáticas que impactam todos os setores da economia e refletem no agronegócio brasileiro, como a importância de abertura econômica, privatizações de serviços onerosos para o Estado e mudanças nas políticas tributária e previdenciária.  “Temos que mexer na estrutura do Estado. Temos um Estado extremamente inchado, estamos com a máquina pesada nas três esferas da administração. Precisamos reformar as estruturas para que ele possa se concentrar no que realmente é o papel do Estado e fazer concessões e privatizações nas outras áreas”, afirmou Gedeão. 

Após um ano marcado por eventos climáticos que afetaram a produção de soja na metade sul, resultando em uma quebra de 6,4% na comparação com 2017, a expectativa é de uma recuperação do setor, com aumento de área (2,5%) e produção (5,3%) do grão, adiantou o economista do Sistema Farsul, Antônio da Luz. Milho (3,4%) e Trigo (31%) ajudam a puxar a expansão da área plantada, que pode chegar a 8.885 mil hectares na safra 2019.  Situação diferente no caso do arroz, que deve ter nova diminuição da área plantada (-6,5%) devido aos desafios dos altos custos de produção que frequentemente superam os valores pagos ao produtor, apesar de um aumento no preço devido às exportações resultantes dos leilões PEP e PEPPRO. Como resultado, os produtores estão migrando para outras culturas, como a soja, o que explica a projeção de queda tanto da área plantada de arroz pelo segundo ano consecutivo, quanto da safra (-5,3%) em 2019. 

Antônio da Luz, economista-chefe da Farsul, expressou otimismo com relação ao próximo ano, já que entende que a falta de confiança do empresário e do consumidor têm represado investimentos nos últimos meses, mas expressou a preocupação com relação aos retornos da safra de 2019, que está sendo plantada a custos altos, sob pressão da elevação do dólar que encarece insumos, mas que será colhida em outro momento, em que a flutuação cambial pode ameaçar os ganhos do produtor.  

 

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