Península Ibérica produziu 1,89 mi tons a mais com milho Bt

O milho geneticamente modificado com a tecnologia Bt permitiu um aumento de 1,89 milhões de toneladas na produção da Península Ibérica, que inclui Espanha, Portugal, Gibraltar e Andorra. A informação foi dita pelo economista agrícola britânico Graham Brookes e divulgada pela revista Vida Rural de Portugal. 

A revista indicou que, para atingir essa produção total utilizando apenas sementes de milho convencional, teria sido necessário cultivar uma área agrícola adicional de mais de quinze mil hectares. Segundo o economista, além disso, o cultivo apenas com sementes convencionais exigiria o uso adicional de 1042 milhões de m3 de água de irrigação. 

“No que diz respeito aos ganhos ambientais, o estudo explica que a tecnologia utilizada reduziu a pulverização de inseticidas em 678 000 kg de ingrediente ativo (−37%) e, como resultado, diminuiu o impacto ambiental associado ao uso de herbicidas e inseticidas nessas culturas (em 21%, conforme medido pelo Quociente de Impacto Ambiental-EIQ)”, diz a revista. 

Nesse cenário, um estudo realizado por ele indica que o rendimento dos agricultores portugueses e espanhóis nestes últimos 21 anos de utilização de milho Bt foi de 284,4 milhões de euros. Como se não bastasse, por hectare, os ganhos financeiros dos agricultores subiram 173 euros, em média. 

“O impacto do uso de milho GM resistente a insetos na Europa vem desde 1998. Estes incluem uma melhor gestão de riscos de produção, com a tecnologia de semente a ser visto por muitos produtores como uma forma de seguro contra danos. Os agricultores também conseguiram reduzir a quantidade de tempo gasto na colheita para monitorar os níveis de pressão de pragas e a tecnologia facilitou a colheita devido a menos problemas de colheitas caídas”, diz o estudo.