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Plantio do milho ultrapassa 90% no Rio Grande do Sul

Produtividade média deverá alcançar sete mil quilos por hectare



O plantio do milho da safra 2017/2018 está praticamente concluído no Rio Grande do Sul, ultrapassando 90% da área prevista de 731,2 mil hectares. Percebe-se, neste final de plantio, que deverá se confirmar a redução das áreas para produção de grãos prevista inicialmente, ao passo que, para a produção de silagem, não haverá diminuição. 

De acordo com a Emater, da área semeada para grão, 70% está na fase de desenvolvimento vegetativo, 20% na fase de florescimento, e já há 10% em enchimento de grão. Se as condições meteorológicas (chuva) forem propícias, a produtividade média do Estado deverá ser novamente próxima a sete mil quilos por hectare. 

A primeira quinzena deste mês foi muito propícia para a cultura do arroz neste início de safra, chegando a quase 80% de área semeada no Rio Grande do Sul, ficando abaixo da média de 90% dos últimos anos, para essa mesma época. Nesses últimos dias, os produtores puderam trabalhar sem sobressaltos, diferentemente do mês anterior, quando algumas áreas registraram volumes pluviométricos acima da média, impedindo um avanço constante na área semeada. As temperaturas registradas também tiveram impacto positivo, situando-se em níveis mais elevados e com boa luminosidade durante as tardes. 

Com as condições meteorológicas propícias aos trabalhos de campo e com a liberação das áreas que estavam com as culturas de inverno, já chega a 40% de área semeada com soja no Estado. Até o momento, a cultura tem encontrado condições muito boas ao seu desenvolvimento inicial.   

Colheita das culturas de inverno está quase finalizada no Rio Grande do Sul 

A colheita do trigo está praticamente finalizada, atingindo 92%. Resta apenas 8% em maturação fisiológica do grão. No geral, as lavouras de trigo apresentaram produtividades variadas, desde 15 até 35 sacas por hectare. 

O percentual de perda em relação à expectativa inicial de produtividade média estadual (kg/ha) para esta safra ainda não foi devidamente auferido, mas já se especula que o percentual médio para o Estado poderá alcançar 20%, com algumas regiões chegando próximo aos 50%. Quanto à perda devido à má qualidade, o valor se torna incalculável. 

Quase a totalidade das lavouras financiadas por agentes financeiros encaminharam solicitações de amparo ao Proagro. O descontentamento dos produtores com a cultura é geral, o que deverá impactar a redução de área para o próximo ano. 

A colheita da cevada e da canola também estão tecnicamente finalizadas no Rio Grande do Sul. Com produtividades abaixo das estimativas e de qualidade em geral ruim, com grandes lotes classificados como cevada forrageira, determinando receita extremamente baixa por hectare, insuficiente para cobrir os custos das lavouras. E o cultivo da canola, neste ano agrícola, apresentou vários problemas que desestimulam a continuidade da cultura em algumas áreas. Inicialmente, ocorreram problemas com a emergência devido às fortes chuvas na sua implantação, atraso na semeadura e semeadura com solo úmido. 

Pastagens nativas apresentam melhorias 

As áreas de campo nativo apresentam melhorias na capacidade de suporte e na qualidade, com a brotação de algumas espécies devido às temperaturas mais elevadas, ocorrência de chuvas mais frequentes e boa luminosidade, resultando em animais com boa condição corporal. A Emater recomenda cuidados com o excesso de lotação nesta fase. Os  produtores realizam roçadas para manejar ervas invasoras e estimular o crescimento e renovação das espécies desejáveis. 

As gramíneas de inverno começam o período de final de ciclo, com menor oferta de massa verde, período de floração e maturação. Continuam as atividades de fenação de aveia, azevém e em alguns casos de tífton e jiggs. Com o clima mais seco, avançaram o preparo e a implantação de pastagens de verão, como o capim sudão e milheto, assim como para plantio de milho para silagem. 

Continua a colheita de sementes de azevém e de aveia; no entanto a qualidade e quantidade de sementes de azevém estão muito abaixo do esperado, devido a abundantes chuvas no período de enchimento de grãos.

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