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Tempo e agricultura brasileira

A semeadura do milho de segunda safra no Mato Grosso e Goiás foi finalizada


Foto: Nadia Borges

O bom volume de chuvas do início de março para a região norte e nordeste do país favoreceu o desenvolvimento das lavouras e mantiveram o otimismo dos produtores. As chuvas intensas ocorridas no final do mês, no entanto, prejudicaram o início da colheita de soja na região do MATOPIBA. Além da operação de colheita, o transporte do grão também foi prejudicado pela intensidade das chuvas que acarretou em deslizamentos de terra e interdições de rodovias.  

Nas lavouras de algodão no oeste da Bahia, as chuvas de março foram suficientes para manter o armazenamento de água no solo o que ajudou no bom desempenho da cultura no campo. A alta temperatura e elevada taxa de radiação solar na região também contribuíram com a cultura, aumentando as expectativas dos cotonicultores de produção recorde na região.

No Paraná, cerca de 85% de toda a área de soja já foi colhida e a redução das chuvas favoreceu as operações de colheita. As lavouras que ainda permanecem em campo - cerca de 16% da área total – estão ainda em estágio de frutificação e deverá ter a sua produtividade afetada pelo baixo volume de chuva nas últimas semanas de março.

A semeadura do milho de segunda safra no Mato Grosso e Goiás foi finalizada. A baixa umidade do solo e altas temperaturas de março prejudicaram o início do desenvolvimento das lavouras.  Nessas regiões, a semeadura foi realizada fora da janela recomendada, o que poderá implicar em perdas de produtividade caso o volume de chuvas se mantenha baixo nos próximos meses.

Algumas usinas de cana da região Centro-Sul do país aproveitaram o tempo seco e anteciparam o início da safra 2020/21. O armazenamento de água no solo nas principais regiões produtoras está entre 45 a 75%, ainda suficiente para que cana de ano continue seu pleno desenvolvimento. É importante, contudo, que as chuvas retornem em abril para que não haja queda de produtividade nas áreas a serem colhidas entre julho e novembro.

O bom armazenamento de água no solo no sul de Minas Gerais e no Espírito Santo favoreceu o enchimento de frutos dos cafezais. Os produtores, no entanto, esperam que as chuvas cessem no período de maturação e repouso dos grãos, para não comprometer a qualidade do grão.  

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