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Aprosoja ganha direito de soja em fevereiro

A entidade questionou porque não teria a aprovação do plantio, uma vez que se tratava de uma pesquisa


Foto: Sheila Flores

Nesta semana relembramos na reportagem MT e a polêmica da soja fora de época onde o Ministério Público de Mato Grosso decidiu que Aprosoja estava obrigada a depositar o valor de R$ 214 milhões por plantio de soja em fevereiro, fora do calendário, por 30 produtores do Estado.

A entidade questionou porque não teria a aprovação do plantio, uma vez que se tratava de uma pesquisa. Em decisão o desembargador Mario Roberto Kono, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em resposta a recurso impetrado pela Aprosoja contra a decisão que havia mandado destruir os campos experimentais, definiu que fica garantida a continuidade e finalização da pesquisa científica, para garantir mais qualidade, melhor fitossanidade e mais sustentabilidade ambiental na semente de soja plantada em fevereiro (comparado ao plantio de dezembro), para uso próprio.

Na decisão destacou que “o plantio experimental foi autorizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) através do Acordo Parcial, por meio do Procedimento de Mediação nº 000294/2019, firmado junto a Câmara AMIS pelos representantes da APROSOJA, do Indea, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, prosseguindo, ainda, que “o Mapa, por meio da Informação n.º 18/CGPP/DSVIA/SDA/MAPA, manifestou concordância com o cultivo extemporâneo de soja para efeitos de pesquisa científica”.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Antonio Galvan, comemorou: “Essa pesquisa científica é extremamente importante para os produtores de soja. Temos aval de mais de 80% dos nossos associados para sua realização e queremos provar, cientificamente, o melhor período para produzir semente para uso próprio, com mais qualidade e sustentabilidade. Tudo, respeitando o período do vazio sanitário, que para nós, é sagrado. A destruição desses campos experimentais seria um enorme prejuízo à ciência”. 

Plantio de fevereiro – A pesquisa científica é realizada pela Fundação Rio Verde e Instituto Agris, sob coordenação do professor Ph. D. em fitopatologia, Erlei Melo Reis. Principal objetivo do experimento é provar, com dados científicos, que o plantio de fevereiro garante mais qualidade ao grão e mais sustentabilidade ambiental para produção de semente de soja para uso próprio.
 
 

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