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Argentina terá pior safra de soja em uma década

EM função das inundações que castigaram o país vizinho


A área de soja da Argentina pode reduzir pelo menos 6% para 18,1 milhões de hectares e ser a menor em quase uma década, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Faltando apenas três semanas para o início do plantio de soja de primeiro período, a superfície só ganha da área plantada no ciclo 2008/2009, no ápice do conflito do setor agropecuário com o governo Kirchner. Na comparação com a média das últimas cinco safras, a redução é de 8,6%, que foi de 18,6 milhões de hectares.

Para o Chefe de Estimativas da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, Esteban Copati, a soja continuará sendo o “cultivo estrela” para os argentinos com a maior renda gerada entre todos os cultivos. Mas os alagamentos em áreas da província de Buenos Aires, La Pampa, Córdoba e Santa Fe impedem uma sembra maior e “o estado dos caminhos rurais não permite a saída dos produtos”.

Dos 6 milhões de hectares comprometidos por inundações, um pouco mais de um milhão de hectares estão destinados a cultivos extensivos. “Se bem é uma área bem menor que a área total afetada, é uma área muito significativa que está afetando a produção,” afirmou Copati.

Com base na previsão do tempo, se espera que de Outubro a Novembro a situação hídrica se agrave. Nesse contexto, a expansão de outros cultivos que aguentam mais a umidade como girassol ou milho se vê favorecida.

O único alento para os produtores argentino é que a soja, o único cultivo que ainda contém impostos de exportação, terá uma redução de alíquota de 0,5% por mês no ano que vem, o que já influencia nas cotações futuras.

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