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Conheça o manejo adotado pelo campeão da soja

Produtor paranaense conquistou 129,6 sacas por hectare


Foto: Nadia Borges

Nesta quinta-feira (17) foram anunciados os grandes vencedores do Desafio de Máxima Produtividade da Soja do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). O produtor que conseguiu o melhor desempenho foi Karl Milla, do Condomínio Milla, Fazenda Fundo Grande, em Pinhão (PR), alcançando a marca de 129,16 sacas por hectare.

A família Milla, de origem austríaca, começou na agricultura em 1960 e tem uma propriedade de 1.110 hectares, sendo 496 para a soja nesta safra, com produtividade média de 90 sacas por hectare.

O resultado atingido traz por trás alguns manejos. Há mais de sete anos há uma sucessão de soja com milho e rotação com aveia preta. “Isso melhora o solo e traz matéria orgânica relativamente elevada”, explicou o engenheiro agrônomo e PhD em Fitopatologia, Ricardo Ballardin

Aplica-se calcário dolomítico e calcítico, além de ser usado escarificador a uma profundidade de 22 cm. O produtor usou adubo 3-21-21 na proporção de 570kg/há aplicado na aveia em 2015 e em 2018, 2020 e 2021. O Condomínio usa adubação em sistema e não em sulco. A área auditada para o concurso é de 82 hectares e o talhão de 2,5 hectares. A produtividade da fazenda evoluiu de 72 sacas/ha na safra 2014/15 para 90 nesta safra e nos talhões auditados de 80 para 111 sacas, com pico de 129 sacas/ha.

“Nos confere uma resposta muito positivo a eficiência da adubação como a distribuição de chuva que se mostrou bem equilibrada nas fases vegetativa e reprodutiva. Se tem uma condição biológica do solo favorável, distribuição de argila e crescimento radicular sem impedimento físico. O que temos observado é que a produtividade começa em cima de perfil de solo reconstruído”, aponta o especialista.

A cultivar utilizada foi Zeus, da Brasmax, com ciclo de 143 dias, plantada em 2 de outubro de 2020. A profundidade de semeadura foi de 3-3, 9 cm, espaçamento entrelinhas de 50 cm e aplicação de fertilizantes a lanço. Velocidade de plantio de 5 km/hora. Vagem com 3 grãos foi 71% da carga da planta e 19% tiveram vagens com 2 grãos. “Um material bastante concentrado entre vagens de terceira e segunda”.

A adubação usou 17 kg de Nitrogênio, 119,7 de Fósforo e 119,7 de Potássio, feitos 150 dias antes da semeadura. Adubação acompanhada de dessecação e tratamento de semente on farm. Depois os manejos com inseticida, herbicida, nematicida e fungicida. A cada R$ 1 investido o retorno do produtor foi de 2,8. "O que faz a diferença em uma grande produção é material genético, palhada, perfil do solo e fazer o básico bem feito", avalia.
 

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