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Dólar cai e mercado interno compra soja brasileira

Continua a falta de grão e a consequente disputa entre a exportação e demanda doméstica


Foto: Marcel Oliveira

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a terça-feira (21.07) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação caindo 0,18% nos portos, para R$ 116,56/saca (contra R$ 116,77/saca do dia anterior). Com isto o ganho acumulada nos portos neste mês ficou em 1,08%.

A T&F Consultoria Agroeconômica aponta que “antes da forte queda de 2,44% do Dólar (depois dela nem havia indicações) os preços que as tradings ofereciam estavam em R$ 120,00 para soja disponível em agosto no porto gaúcho de Rio Grande. Soja futura, não houve indicações, nesta terça-feira. Já no interior, também até antes da queda do dólar, as indústrias recuaram os preços em 1,5 reais/saca para R$ 116,50 no importante entroncamento ferroviário de Cruz Alta”.

“No Paraná, o preço da soja subiu um Real no interior e no porto e três reais em Ponta Grossa. Continua a falta de grão e a consequente disputa entre a exportação e o mercado interno. Há pouca soja disponível para venda (mais de 90% da safra já foi comprometida). As indústrias, põem, receberam muita soja a fixar e estão fixando os preços à medida que o agricultor fecha os contratos”, diz a equipe da T&F.

De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, no Brasil a atenção especulativa fica totalmente voltada para o cenário político: “O Parlamento brasileiro recebeu hoje a proposta de Paulo Guedes, Ministro da Economia, para a tão falada ‘Reforma Tributária’. Nesta primeira parte do texto é proposto a unificação dos tributos federais sobre o consumo (PIS e COFINS), dando origem ao Imposto de Valor Agregado, com a nova sigla de IVA”. 

“A proposta ainda é superficial, porém ditará o tom de medidas mais polêmicas a serem votadas posteriormente como as tributações sobre renda e dividendos. A aprovação desta primeira etapa servirá de termômetro ao mercado cambial para o progresso das propostas de Guedes. O avanço destas Reformas colocará valorização na nossa moeda no curto prazo”, concluem os analistas da ARC Mercosul.

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