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Lucro da soja deve ser aproveitado, antes que caia

China está comprando e prêmios continuam elevados. Lucratividade da safra nova ainda está boa


O preço da soja teve um dia de perdas generalizadas no mercado físico brasileiro, tanto nos portos como nas praças do interior do País. A forte queda de 1,20% no Dólar norte-americano em relação ao Real foi somada à queda de 0,52% da cotação da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). Ambos fatores se somaram e superaram a pequena elevação dos prêmios em US$ 5 cents por bushel nesta quarta-feira (03.10).

Com esse cenário, o Indicador Cepea para os portos caiu 1,83%, fazendo as perdas de agosto acumularem 1,81% e trazendo o preço da saca para R$ 93,89 – o mais baixo dos últimos 30 dias. No interior, a queda ontem foi maior, de 2,22%, totalizando as perdas acumuladas neste recém-iniciado mês de outubro para 1,81% e o preço da saca para R$ 87,39, que também não era visto há mais de 30 dias.

“Com pouca disponibilidade para vender, a demanda sobre a soja brasileira diminui. O movimento ainda é imperceptível, mas a própria situação elevada dos prêmios no Brasil mostra duas coisas. A primeira é que há pouca disponibilidade de soja brasileira ainda para a exportação”, aponta o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.

A segunda constatação, de acordo com ele, é que o mercado (leia-se China) ainda está disposto a comprar o que aparecer: “Por isso os prêmios continuam elevados. Contudo, a diferença dos prêmios em Paranaguá entre a safra velha ($ 270 sobre as cotações de Chicago) com a safra nova ($ 85 sobre Chicago abril/maio) é brutal e indica o verdadeiro nível em que as negociação irão ocorrer (na verdade já estão ocorrendo) no próximo ano. Mesmo assim, a lucratividade das de safra nova ainda estão boas (e recomendamos que sejam agarradas), porque podem cair”.

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