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A inovação no mercado de seguros e seu impacto no ramo agrícola


Henrique Tresca

Caminhamos por um período longo de fechamento em todo mundo. Muitos setores tiveram que se adaptar a produzir com o novo normal e a tecnologia está sendo cada vez mais importante para continuar fazendo negócios. Existem mercados que estão sofrendo de forma direta e/ou indireta os efeitos desta crise e que chegaram ao ponto de reavaliarem alguns conceitos preestabelecidos. Por causa desta situação global, as seguradoras também tiveram que mudar seu modus operandi. Algumas sofreram pela falta de demanda e capacidade para seguir operando de forma remota, enquanto outras estão conseguindo até gerar mais negócios e reinventando suas operações. De qual lado está a sua empresa?

A recessão, em todos os países, tem um efeito direto sobre a economia local e sobre a demanda por diversos produtos. É importante mencionar que o risco poderá, ou não, ser afetado pela conjuntura atual, principalmente pelas limitações de atividades. No caso agrícola, um dos impactos mais importantes é sobre a preferência dos clientes. A demanda por alimentos continua estável em geral, mas houve retração sobre os produtos de alto valor agregado devido principalmente pela redução do poder aquisitivo dos consumidores.

No setor de seguros, por parte dos compradores, algumas operações interrompidas afetaram coberturas já contratadas e, adicionalmente, certos clientes foram em busca de novas soluções. Por outro lado, as empresas estão  se adaptando o “home-office”; buscando clientes de forma remota; as negociações estão sendo através de plataformas online; houve a necessidade de emitir apólices de forma digital; as inspeções presenciais foram limitadas; alguns protocolos de sinistros foram impactados e o marketing digital está cada vez mais forte.

Assim como em outras linhas de negócio, o seguro rural sofrerá uma digitalização robusta. O advento de novas fontes de informações, adicionadas a novas tecnologias, permitirá a criação de soluções inovadoras em diversos aspectos. As formas de avaliar um risco agrícola, de vender os produtos, de realizar inspeções, de emitir apólices, as formas de pagamento, e outras etapas que complementam o “ciclo de vida” de um assegurado serão mudadas de forma abrupta em um curto prazo. Caso você não esteja pronto para se adaptar e se desenvolver, frente ao novo normal, estará fora do mercado.

 

Henrique Tresca*

*Fundador do Portal Seguro Rural (www.portalsegurorural.com.br).
Atua no ramo de seguro e resseguro para o agronegócio.

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