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A produção agrícola de São Paulo


Arnaldo Calil Pereira Jardim

São Paulo mostra mais uma vez a pujança de sua produção no campo e, por mais um ano, é o maior Estado agrícola do Brasil. Estimativas preliminares do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, consoantes com as do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprovam que o nosso Valor da Produção Agropecuária (VPA) é o maior em todo o País. Resultado do comprometimento do nosso amigo produtor rural, sempre auxiliado pelo Governo do Estado.

Completando neste mês 75 anos de atuação, o IEA estima que em 2017 o VPA paulista – a riqueza que é gerada “da porteira para dentro” pelo homem do campo – deverá alcançar R$ 77 bilhões neste ano, valor 2,1% maior do que o de 2016. É um resultado que nos coloca à frente de Mato Grosso (R$ 68,9 bilhões), Paraná (R$ 63,8 bilhões) e Minas Gerais (R$ 54 bilhões).

Duas culturas em especial colocam o território paulista como o maior gerador de riqueza no campo: laranja e cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar mais uma vez é carro-chefe deste ótimo resultado estadual.

O IEA estima que o volume colhido neste ano chegará a 447,5 milhões de toneladas, 2% a mais do que em 2017. Mas nosso canavicultor não apenas produziu mais, ele também gerou mais renda: o preço médio pago ao produtor rural deve subir 12,7%, alcançando R$ 72,15 por tonelada.

São ótimas notícias que garantem um aumento de 2016 para 2017 de 15% no valor da produção desta cultura tão importante para o Estado de São Paulo – representando R$ 32,3 bilhões. Confirmado este cenário, a cana-de-açúcar representará 41,9% de todo o VPA paulista, 4,7% a mais do que os 37,2% do último ano.

A laranja para indústria também mostra sua força e é o destaque positivo mais expressivo deste ano no Estado. A colheita total aumentou em 22,1%, alcançando cerca de 320 milhões de caixas de 40,8 quilos, sendo 259,4 milhões de caixas destinadas às indústrias de suco.

Positivas também são as variações nos preços: 8,9% para a fruta para processamento e 32,2% na laranja para a mesa. O valor total da produção paulista de uma das frutas mais consumidas no mundo deve ser 39,2% maior do que em 2016, alcançando R$ 7 bilhões.

Crescimento também no VPA dos produtos agropecuários destinados a industrias em São Paulo: 13,9% superior ao registrado em 2016, representando R$ 40,7 bilhões. Ótimos números que são resultado do compromisso que bem conhecemos do homem do campo com o trabalho e a seriedade, duas de suas características mais fortes.

Essa riqueza gerada dentro da porteira é mérito do nosso produtor rural, é o símbolo de um trabalho diário e cheio de valores que não são monetários, são valores de vida como respeito ao meio ambiente, honestidade para ganhar seu sustento e compromisso com o trabalho.

Auxiliado pelo Governo do Estado para produzir mais e melhor, o produtor tem feito sua lição de casa, se atualiza, busca tecnologias e inovações e se conecta às demandas atuais da produção. Para isso pode contar com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento e suas unidades em todo o território paulista.

É essa pujança social, ambiental e econômica que faz com que o setor não fique em segundo plano. Filho de médico veterinário e produtor de leite, o governador Geraldo Alckmin conhece essa força de perto.

É sabendo desta importância que o governo paulista promoveu, no fim de outubro, 220 pesquisadores paulistas, 65 deles da nossa Secretaria. Pessoas que estudam como auxiliar a produção, como torná-la mais equilibrada com o meio ambiente e capaz de gerar mais renda.

E novos pesquisadores comporão nosso quadro com a abertura, no dia 7 de novembro, de concurso para o cargo de pesquisador científico na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta). Ao todo, serão oferecidas 33 vagas nas áreas de agronomia, zootecnia, medicina veterinária, engenharia de alimentos, engenharia agrícola, engenharia química, engenharia mecânica, engenharia de pesca, biomedicina, biologia, química, farmácia, estatística, economia e em áreas pertinentes.

Uma atuação em favor da agropecuária que é séria e reconhecida internacionalmente, atraindo players do mundo todo como a delegação dos Emirados Árabes que recebemos nesta semana na Secretaria. Pessoas que sabem que o Brasil, especialmente São Paulo, tem a produção de alimentos, fibras e energia em seu DNA.

É essa produção no campo o nosso diferencial, a nossa vocação. Com recursos hídricos abundantes, incidência solar propícia e produtores compromissados é certo que continuaremos sendo referência de produção não pelo volume, mas pela qualidade, pelo grande valor demonstrado oficialmente por estudos de quem acompanha há tempos a evolução agrícola brasileira.

Parabéns ao nosso Estado por novamente mostrar a força e a seriedade do produtor rural paulista.

 

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