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Como explicar o baixo interesse pelo trigo?

Existem soluções para mudar o futuro do cereal de inverno no Brasil?



O trigo é o segundo principal alimento consumido no mundo, atrás apenas do leite. Praticamente todo o trigo plantado no mundo é utilizado no consumo humano, ao contrário da soja e do milho, que são majoritariamente voltados para a fabricação de ração animal. Isso, por si só, já poderia ser considerado como um fator decisivo para uma valorização nos preços – o que passa longe da realidade.

Além disso, o plantio do trigo como cultura de inverno em rotação com a soja garante boa cobertura e proteção do solo, dadas as condições climáticas favoráveis. No entanto, o Brasil segue sendo deficitário em sua produção, levando a indústria moageira a se abastecer principalmente através da importação. 

Como explicar o declínio das áreas plantadas e o baixo interesse dos produtores? Existem soluções para mudar o futuro do trigo no Brasil?

Essas e outras questões cruciais para o crescimento da triticultura no país serão discutidos durante a 11ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (RCBPTT) e o Fórum Nacional do Trigo 2017, realizados pela COODETEC, de 25 a 27 de julho, em Cascavel/PR. 

“Temos que continuar a investir em melhoramento genético para obter não somente cultivares mais produtivas como também mais tolerantes às principais doenças, além de melhorar nossa tecnologia de aplicação de fungicidas para evitarmos desperdícios e sermos mais sustentáveis”, afirma o pesquisador Juliano Almeida. 

O produtor João Luiz Ferri, de Campo Mourão, destaca que a falta de proximidade entre indústria e produtor ainda dificulta a comercialização do grão: “Evoluímos muito em qualidade e tecnologia nos últimos anos, mas falta diálogo entre os elos da cadeia produtiva do trigo. O produtor está investindo em tecnologia, qualidade de solo, variedades melhores, mas continua sendo pago por quantidade e não por qualidade”. 

Almeida aponta ainda que o nosso trigo tem um custo mais alto e compete no mercado brasileiro com trigo oriundo de países com custo de produção mais baixo. Pede uma política efetiva por parte do governo, seja diminuindo impostos dos fertilizantes e agroquímicos ou adotando políticas públicas que favoreçam a comercialização.

Serviço:

11ª RCBPTT e o Fórum Nacional do Trigo 2017:
Data: 25 a 27 de Julho
Local: Coodetec - Cascavel/PR
Informações: (43) 3025-5223 ou [email protected]

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