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Cotações do trigo em Chicago oscilaram muito nesta semana

Após o primeiro mês recuar para US$ 4,80 no dia 14/09, o bushel ganhou terreno e fechou em US$ 5,24 no dia 20/09


As cotações do trigo em Chicago oscilaram muito nesta semana. Após o primeiro mês recuar para US$ 4,80 no dia 14/09, o bushel ganhou terreno e fechou em US$ 5,24 no dia 20/09, contra US$ 4,71 uma semana antes.

Após o relatório baixista do dia 12/09, quando os preços atingiram o pior patamar em dois meses, um movimento técnico de compras puxou para cima as cotações do cereal. Ajudou igualmente para as altas a notícia de clima negativo na Rússia, de geadas na Austrália e problemas em outros países produtores. Este quadro pode abrir espaço para as exportações do trigo estadunidense, embora o cenário geral de oferta ainda seja muito bom. 

Neste contexto, as inspeções de exportação estadunidense de trigo atingiram a 406.004 toneladas na semana encerrada no dia 13/09, contra 430.715 toneladas na semana anterior.

Enquanto isso, no Mercosul, a tonelada FOB para exportação fechou a semana entre US$ 215,00 e US$ 220,00 na compra. Ao mesmo tempo, para a safra nova o valor recuou para US$ 215,00.

Já no Brasil, os preços internos do trigo se mantiveram firmes, porém, com viés de baixa diante da indefinição quanto ao tamanho e qualidade da nova safra. No Rio Grande do Sul, o balcão fechou a semana na média de R$ 42,34/saco. Nos lotes, os valores ficaram em R$ 850,00/tonelada. No Paraná, o balcão recuou para R$ 46,00 e R$ 47,00/saco, sob pressão da colheita. Por sua vez, os lotes ficaram entre R$ 900,00 e R$ 950,00/tonelada. Em Santa Catarina, o balcão se manteve entre R$ 42,00 e R$ 44,00/saco, enquanto os lotes, na região de Campos Novos, registraram R$ 875,00/tonelada.

O quadro da nova safra, aos poucos, vai se definindo. No Rio Grande do Sul houve alguma melhora nas lavouras, com cerca de 35% em fase de enchimento de grãos. Todavia, as geadas do final de agosto realmente causaram estragos nas lavouras situadas nas baixadas, fato que reduzirá o volume e a qualidade final do total da safra gaúcha. O quadro de perdas gaúchas tende a ser mais significativo do que o mercado imagina no momento. Ao mesmo tempo, no Paraná a situação é bem mais preocupante, pois os danos climáticos no Estado foram muito mais acentuados nesta safra. Há atraso na colheita, fato que deixa a mesma ainda suscetível a novos problemas climáticos, especialmente às chuvas durante a colheita. Dependendo do tamanho das perdas, os preços podem voltar a subir no final da atual colheita. Até o início desta semana, a colheita paranaense atingia a 11% da área, com 46% da área que falta ser colhida apresentando boas condições. No geral, as lavouras paranaenses estão em condições abaixo do esperado pelos produtores locais.

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