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Maioria do trigo colhido no RS é do tipo 2

Cor escura do trigo será algo muito comentado este ano



A maior parte (85%) do trigo colhido no Rio Grande do Sul situa-se na condição de tipo 2, com PH de 75 a 77, o restante é dividido entre PHs de 70 até 74 e poucos lotes de PH 78. A informação é da Consultoria Trigo & Farinhas, segundo a qual as chuvas voltaram praticamente em todas as regiões do estado – sendo que algumas cidades com temporais e danos às lavouras. 

“A colheita do trigo avançou bem no estado, basicamente o que estava pronto foi colhido, estimado em 15% dos 690 mil hectares plantados. As primeiras análises feitas indicam que o trigo não sofreu tanto com a chuva, mantendo suas principais características. É cedo falar ainda, mas parece que a cor do trigo será algo muito comentado este ano (escuro)”, comenta o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.

De acordo com ele, as produtividades estão ainda indefinidas, variando muito, de 15 sacas até 50 sacas por hectare, e ainda é cedo para falar em uma média. A chuva deverá se estender até sábado, pelo menos, possibilitando colheitas novamente apenas na segunda-feira. 

“Acreditamos que o trigo que será colhido até atingir o montante de 65% da safra, será o trigo que mais sofreu, plantado sobre um solo encharcado, depois sofreu seca e ataque sem piedade de uma série de moléstias. Acreditamos que a balança de tipificação pesará mais para o tipo 3 e menos para o tipo 2 e 1”, complementa.

O relatório semanal da Emater-RS confirma a maior parte destes dados e informa que a cultura está em estágio de maturação, com baixo potencial produtivo e perdendo qualidade a cada dia devido à grande umidade, com algumas áreas produtoras acumulando chuvas de mais de 170 mm em três dias.

A Consultoria afirma ainda que as cargas retiradas das lavouras colhidas até o momento, ao redor dos 2% do total da área plantada este ano, estão com a qualidade muito abaixo do esperado (com pH médio 74). A condição leva produtores a acionarem o Proagro, aumentando o número de solicitações de vistorias para o seguro.

“Quanto à produtividade média obtida recentemente, ainda é grande a variação entre as lavouras, decorrência do período de semeadura, da cultivar e mesmo da tecnologia utilizada. Com o aumento da umidade e a manutenção da temperatura em grau mais elevado, lavouras maduras e por colher começam a apresentar germinação dos grãos na espiga. Os ventos fortes e o granizo, registrados em determinados momentos, provocaram a debulha de algumas áreas onde a cultura estava pronta para a colheita”, conclui Pacheco.

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