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TRIGO: Mercado está chegando a ponto insustentável

"Números devem resultar num ganha-ganha, sob pena de toda a cadeia ruir"


Foto: Paulo kurtz/ Embrapa

“Quem deixou para comprar matéria-prima agora no mercado spot para vender farinhas também no mercado spot simplesmente não está conseguindo fechar as contas e, ao contrário, está somando prejuízo sobre prejuízo”. A afirmação é da T&F Consultoria Agroeconômica. 

De acordo com os analistas, como o trigo é um produto extremamente individualizado, com uma grande pluralidade de qualidades de grão e de subprodutos finais, há também uma grande quantidade de cálculos matemáticos a serem feitos para justificar cada uma das operações feitas com cada um dos subprodutos. 

“Tudo é uma questão de números. Números de custo de produção das lavouras, de custo de produção das farinhas, de custo de comercialização e vendas e, finalmente, custo de compra por parte do consumidor final, que faz uma verdadeira operação logarítimica (mesmo sem saber) para determinar se compra ou não o produto na gôndola”, sustentam. 

“E, no final das contas, quem manda mesmo em todo o mercado é ele, o consumidor final. E todos este números devem resultar num ganha-ganha, sob pena de toda a cadeia ruir. É isto que está acontecendo com o mercado”, apontam os analistas da T&F.

“Não tem muita mágica, os números são os ditadores absolutos das coisas. Trigo a mais de R$ 850,00 FOB (que já é muito) não remunera a produção das farinhas, levando os moinhos ao prejuízo, porque não estão conseguindo repassar os aumentos da matéria-prima para as fábricas de massas e biscoitos que, por sua vez, não estão conseguindo repassar para os supermercados, porque o consumidor final, que é quem verdadeiramente manda no mercado, não aceita aumentos e simplesmente deixa de comprar”, concluem.

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