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Trigo gaúcho assume protagonismo

Um grande problema nesse contexto, porém, segue sendo a qualidade


Com os problemas de qualidade havidos com as safras do Paraná, maior produtor brasileiro, a safra de trigo do Rio Grande do Sul adquire uma importância maior no cenário nacional, podendo, eventualmente ser a principal fornecedora deste cereal para moinhos de outros estados. Essa é a avaliação da T&F Consultoria Agroeconômica. 

Desde a última segunda-feira, moinhos de Santa Catarina e do Paraná estão recebendo uma “enxurrada de ofertas a preços menores do que os locais, desequilibrando o cenário nacional do trigo nesta temporada”. De acordo com a T&F, a importância do trigo gaúcho nesta temporada, estará diretamente atrelado a dois fatores.

“O primeiro é o seu potencial produtivo, estimado atualmente em 1,8 milhão de toneladas pelo mercado. Esse número caiu um pouco ante os 2,1 MT estimados no mês passado. O segundo fator é o clima que atinge as regiões produtoras, que poderá reduzir a área e/ou a qualidade dos grãos colhidos”, aponta o analista Luiz Fernando Pacheco.

Dos 700 mil hectares plantados nesta safra, cerca de 30%, ou 210 mil hectares estão colhidos e apresentam boa qualidade. Dos 490 mil hectares que ainda permanecem no campo, 50% está bom, 40% médio e 10% ruim, segundo estimativa de especialistas particulares (a Emater-RS não fornece este tipo de estimativa).

Um grande problema nesse contexto segue sendo a qualidade do trigo gaúcho. “Alguns lotes colhidos depois das chuvas apresentam qualidade levemente inferior. Um moinho do PR nos disse hoje que entre os lotes que lhe são oferecidos do RS ‘é difícil encontrar um com qualidade interessante, a maioria é de trigo misturado nos armazéns e cooperativas’. O velho problema!”, diz Pacheco.

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