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Fim próximo era petrolífer/flex já desespera alg fabricantes


Climaco Cezar de Souza

 

Fim próximo era petrolífer/flex já desespera alg fabricantes

No início deste dezembro/2021 já se podiam notar certos DESESPEROS mundiais por parte de algumas fabricantes tradicionais de todos os tipos de veículos a base de derivados de petróleo e/ou de combustíveis flex (etanol, biodiesel) e que ainda não se preparam devidamente para seus “retrofits” fundamentais (reconversões rápidas) para Veículos Elétricos (EV-Electric Vehicles, ainda alimentados externamente nas tomadas ou similares) - ou a hidrogênio celular (também para produzir eletricidade - internamente - para movimentá-los).

Recente,o  importante site Mobiauto confirmou tudo ao inserir um bom artigo analítico/critico, do link a seguir, e em que eles perguntavam textualmente: Por que o carro elétrico está assustando montadoras como Fiat, GM e VW? Segundo eles, "enquanto a Tesla e fabricantes chineses já nadavam de braçada nos elétricos, a “Stellantis”  - grupo que reúne 15 marcas antes pertencentes a FCA e PSA, como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën -  mais a GM e a VW já expunham suas dificuldades como fabricantes tradicionais no atual forte processo de eletrificação veicular e de outros setores e diziam que os custos (dos seus retrofits necessários e urgentes) poderiam ser insustentáveis. Vide em  https://www.mobiauto.com.br/revista/por-que-o-carro-eletrico-esta-assustando-montadoras-como-fiat-gm-e-vw/1442" .

Acredita-se hoje que somente os esperados intensivos usos dos veículos eletrificados, internamente, pelo hidrogênio celular terão capacidade para reduzir em média 20% (entre 15% e 25%) as emissões de Co2 até 2050, segundo a Consultoria McKinsey (isto, fora a forte redução também esperada pelos usos também intensivos dos veículos elétricos a recarregarem em tomadas). Vejam que nem o etanol nem o biodiesel conseguiram ou conseguirão tantas reduções, pelo contrário, há muitos que insistem hoje que a pegada de carbono deles é ‘zero”, pois se reduzem um pouco o Co2 por um lado, por outro produzem muito Co2 por diversas formas, sobretudo pela queima dos bagaços nas cogerações.

Ocorre que tais empresas veiculares tradicionais, mesmo sabendo - embora ainda não acreditando – há uns 10 anos que a era do petróleo vai acabar em mais 30-50 anos, por exigências dos compradores finais, ambientalistas e Governos (também obrigados a isto), eles parecem que, possivelmente, apostaram muito errado e agora chegam ao ponto de, possivelmente, até ameaçarem outros setores/governos/consumidores ou até partirem para desesperos/tentativas de retaliações contra as novas Empresas fabricantes elétricas/hidrogênio, o que será ruim para todos, inclusive com fortes e sequentes reduções das fabricações de carros novos tradicionais e, possivelmente, também de suas peças (com tudo, encarecendo muito como reserva de valor e/ou para capitaliza-las para tentarem tais “retrofits”, não com recursos próprios ou de seus investidores/acionistas tradicionais, mas provindos bem mais dos seus próximos consumidores/compradores finais). 

Também, parece-me que as indústrias e empresas de aquecimentos industriais e residenciais mais as de combustíveis sujos e/ou apenas renováveis (etanol, biodiesel) mais, possivelmente, as redes de postos de gasolina, termelétricas, biogás de biodigestores e de aterros sanitários etc. já estão a maioria com seus dias contados, como muitos citam, se não reconverteram a tempo e se continuarem teimando/esperando por milagres que não virão mais (tentando ou esquecendo-se que veículos elétricos/hidrogenados se tratam de movimentos mundiais amplos e coordenados/somados/sinérgicos/exigentes/progressivos/continuados mais pelo futuro e pelas causas ambientais/energéticas, ou seja, por e de consumidores e de suas famílias, inclusive com seus lados ambientalistas/protetores/futuristas - e não apenas por e de Governos e/ou por e de algumas empresas sonhadoras-ousadas/bolsas/geográficos etc..).

Daí, proximamente, também poderão começar seus desesperos coletivos e até querendo que o Povo e os Governos banquem seus possíveis prejuízos e ineficiências teimosas (possíveis CEO, CTO, Dirigentes e até Consultores externos - todos excepcionalmente bem pagos e até muito bem premiados, mesmo que, com talvez ineficácias históricas possivelmente até bem acobertadas e até nos balanços corporativos e balanços sociais -, mas que somente falam e fazem o óbvio que as empresas e/ou seus grupos/donos desejam ouvir e não o que falam ou precisam ou clamam seus acionistas/consumidores/compradores/ombudsman/operários históricos e realmente dedicados e muito conhecedores etc... Afinal não é esta a síntese do autêntico capitalismo selvagem/abutre?). 

Na prática, apenas as fortes expansões sucessivas e previstas da internet mais dos “home delivery”, do “home office” e dos EVTOL voadores elétricos (“Electric Vertical Takeoff and Landing “= veículos elétricos de decolagem e pouso vertical) PODERÃO REPRESENTAR CERTAS AMEAÇAS PARA OS FUTUROS EV de solos (“electric vehicles”). ATÉ O ATACADO E O VAREJO MUNDIAL - DE QUALQUER PORTE E PRODUTO – TAMBÉM MUITO PENARÃO COM TAIS NOVOS CONCEITOS VEICULARES E PRODUTORES ENERGÉTICOS. Entretanto, A MAIORIA TERÁ QUE SEREM TOTALMENTE SUSTENTÁVEIS, POIS HÁ MUITAS CORRENTES INTERNAS – inclusive dos consumidores finais - QUE NÃO ACEITARÃO USAR APENAS AS FONTES LIMPAS E RENOVÁVEIS PARA PRODUZIREM ENERGIA ELÉTRICA – EXTERNA OU INTERNA - EM TAIS NOVOS VEÍCULOS.

Pior é que, recente, apresentaram-se outros diagnósticos especializados que previram bem menos tempo do que os 30 - 50 anos para substituição em grande escala dos derivados de petróleo, GN, carvão e seus flex por energias limpas (ainda nem todas realmente sustentáveis, como sendo a maior exigência para se produzir e utilizar o tal Hidrogênio Verde H2V e que não aceitará apenas as fontes limpas e renováveis, como insistem a maioria dos fabricantes para gerar muita energia elétrica exigida para as eletrolises da agua). Atualmente, para o setor automobilístico tradicional ainda não-reconvertido, essa previsão de possíveis mortes/decadências, recente, passou a ser de no máximo mais 10 - 15 anos.

Tudo – como sempre aconteceu - é apenas uma questão da teoria de equilíbrios dos preços e dos custos, à medida que as tecnologias forem sendo aperfeiçoadas e suas ofertas ampliadas mais as produtividades ampliadas/internacionalizadas (como nos atuais CKD, em quase todos os produtos finais são provindos de diversos países) e com seus custos de fabricação também sendo reduzidos, progressiva e certamente.

Atualmente, considera-se que o hidrogênio ainda não tem competitividade ante os derivados de petróleo e os flex, pois é vendido na Europa por entre EU$ 6,00/kg e EU$ 12,00/kg (um veículo armazena em pequeno tanque interno, para eletrolisar na célula tb interna apenas cerca de 5 kg de H2, suficientes para rodar entre 400 km e 600 km, este um recorde recente). Por outro lado, o custo de fabricação do H2 ainda é elevado e entre EU$ 3,00/kg e EU$ 4,00/kg, isto fora o atual elevado custo com seus transportes e armazenagens seguras (já se fala até em transportar o H2 gasoso ou liquidificado por dutos, tipo gasodutos, o que ficará muito mais barato do que transportar por caminhão, por exemplo.

Na prática, todos estão tentando formas, até desesperadas, de se reconverterem sem dispenderem recursos próprios (“retrofits” urgentes), tudo para tentar se manter nos mercados e/ou tentar tirar uma lasquinha nas vendas de H2 ou de veículos a H2 ou elétricos.

Em termos de custos (não de preços finais aos consumidores), atualmente, segundo o Governo do CE, o H2V (Hidrogênio Verde) ainda não tem competividade no Brasil, pois o seu custo médio de produção e de entrega final ainda seria de Us$ 3,00/kg (não é o preço final de venda), ante Us$ 2,00/kg do chamado Hidrogênio Azul e apenas Us$ 1,70/kg do Hidrogênio Cinza. Espera-se, contudo, que o custo final reduza cerca de 64% até 2040. A meta de custos para 2030 do H2V, em escala crescente, é apenas de Us$ 1,50/kg no Chile; entre Us$ 1,50/kg e Us$ 2,25/kg na China; entre Us$ 1,75/kg e Us$ 2,25/kg no Brasil e entre Us$ 1,50/kg e Us$ 2,50/kg na Austrália (diagnósticos completos a serem tratados/analisados no meu próximo artigo amplo - para leitura lentas e analises, pois com 20-30 pg e ainda em preparo - e com o possível título final de “Corrida p/Hidrogênio: Verdades/Sonhos/Espertezas/Desesperos?”.

Para a importante Empresa de grande logística, a Prumo, o hidrogênio somente será competitivo quando seu custo cair, pelo menos, para US$ 3,00/kg e US$ 4,00/kg para um preço atual em média de Us$ 6,00/kg a Us$ 12,00/kg conforme o País e local. Ainda para eles, “para conseguir produzir hidrogênio verde competitivo, precisamos de um preço de energia que não exceda Us$ 25 por megawatt”. Segundo eles, a “Eólica offshore custava Us$ 250/MW há cinco anos, mas hoje custa Us$ 70/MW, entretanto, ainda muito caro para para produzir H2 competitivo se de forma isolada”. “Outro ponto importante é que o custo dos eletrolisadores para separação do hidrogênio da água também é muito elevado e para gerar nesse nível de 3 dólares, os custos com os eletrolisadores precisam cair 50%”. Ainda para eles, em primeiro momento, a solução mais barata de energia será um modelo híbrido, combinando eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e gerando firmemente por todas as 24 horas/dia (não por apenas 3-5 horas/dia não nublados/não chuvosos, como na maioria da nossa atual Solar FV fotovoltaica isolada). O Brasil tem a capacidade de ter uma combinação de eólica e solar de 20 a 21 horas por dia de energia renovável contínua (isto sem estocar energias em fluidos térmicos circulantes e reaqueciveis em até 450º C, apenas pela via solar térmica). No caso, sugerem somar a Solar PV de manhã MAIS eólica à noite e pequenas e médias hidrelétricas na base para compensar. Essa é a estratégia que todos os que estão olhando para o hidrogênio verde estão perseguindo”. Vide excelente diagnostico em https://epbr.com.br/custo-do-hidrogenio-verde-precisa-cair-a-us-3-kg-para-ser-competitivo-diz-diretor-da-prumo/  

PESSOALMENTE, entretanto, não entendo nem concebo a lógica de utilizar-se energia elétrica – isolada ou hibrida – barata e somente para se produzir hidrogênio, sabidamente com transporte dificílimo, caro e perigoso, para se produzir com tal H2 em células, a necessária energia elétrica interna para usos em veículos elétricos. Porque não jogar tais energias – a serem tão baratas como propõem ou pedem - nas redes elétricas, já prontas, já pagas e até com tendencias de quedas dos custos com transmissões, distribuições finais para recarregarem tais veículos diretamente em tomadas externas? Haveria total e real desinteresse das redes e empresas elétricas atuais nestas coletas, transmissões e entregas finais? Porque estas nada falam ou nada propõem ou sequer se defendem ou participam, mesmo que minimamente, dos debates acerca? Porque estas querem ficar sempre nos mesmismos atuais e sequer também se preocupam com seus “retrofits” geradores/compradores?

ALGUÉM CONSEGUE ME EXPLICAR ISTO E/OU A BASE SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL DISTO?

 Também, os preços dos carros elétricos e dos a hidrogênio devem reduzir aos poucos e, como descrito, idem de suas fontes, combustíveis ou não (desde que sejam realmente sustentáveis e por exigências máximas dos consumidores/compradores finais e nem tanto dos Governos e dos Empresários).

Tudo pode acontecer, além das atuais mais das previstas, progressivas e contínuas elevações previstas dos preços dos derivados de petróleo, gás natural e carvão mais dos combustíveis, ditos como limpos/renováveis (nunca sustentáveis), como o etanol e o biodiesel etc., tudo de forma a se capitalizarem, também rápida e espertamente, apenas ou mais com recursos dos consumidores/compradores finais.

Ocorre que, para fazer muito mais caixa (sem gastarem investimentos de sócios/acionistas ou seus capitais nem recursos próprios) para suas reconversões imediatas e necessárias, as grandes destes setores “Petroflex” bem possivelmente se fundirão, idem se oligopolizarão e, possivelmente, até se cartelizarão, quando e se necessário for - espertamente - de algumas formas (vez que os Governos mundiais pouco fiscalizam, resistem ou têm poderes reais, ou mesmo interesses, para as impedirem e possivelmente aos seus gigantes e riquíssimos lobbies; e todas elas sabem disso e os conduzem muito bem),  tudo para subirem ainda mais artificialmente (ou tentarem), cada vez mais, seus preços em Us$ do petróleo mais de seus derivados mais dos combustíveis flex acima (como já ocorre, até agora ainda se culpando somente a epidemia de COVID) e isto mesmo numa situação clara e progressiva de fortes quedas futuras das suas demandas.

ALGUÉM CONSEGUE ME EXPLICAR ISTO E/OU A BASE SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL DISTO?

FIM

Grato pela leitura e se, realmente, precisares de mais dados consultes-me no  [email protected] 

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