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Perda forte no milho da Europa

Perda maciça de rendimento está sendo lentamente digerida pelo mercado


Foto: Divulgação

A Consultoria AgResource Brasil reduziu a projeção de rendimento do milho da União Europeia em função do calor e da seca. “O rendimento agora foi fixado em 6,15 toneladas por hectares, ficando 20% abaixo da tendência, com produção estimada em 53,8 milhões de toneladas. Isso representa uma queda considerável de 14 milhões de toneladas em relação à previsão atual do USDA e será a menor safra desde 2007”, dizem eles.

De acordo com os analistas, a perda maciça de rendimento está sendo lentamente digerida pelo mercado, com o milho à vista de Paris subindo para 9,15 dólares por bushel e a nova safra chegando a 8,30 dólares. No entanto, a AgResource duvida que o mercado tenha sido totalmente responsável pelas mudanças na matriz comercial global em meio ao enorme déficit de produção da Europa.

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“As exportações de milho da Europa cairão para quase zero. As importações terão um recorde de 21 milhões de toneladas. As importações líquidas devem ter um recorde de 20,5 milhões de toneladas, praticamente o dobro do ano passado”, afirma a filial da empresa norte-americana AgResource Company.

A AgResource acredita que a alimentação doméstica e o uso industrial serão cortados em meio aos altos preços bem como à falta de disponibilidade de oferta. “Duvidamos que o USDA possa reduzir o uso total de milho da União Europeia em mais de 5 a 6 milhões de toneladas em relação à sua estimativa atual”, afirmam.

A AgResource projeta que a produção global de milho cairá 9 milhões de toneladas abaixo do consumo. Isso porque a produção da União Europeia caiu 14 milhões de toneladas, e a produção dos EUA provavelmente caíram de 5 a 6 milhões de toneladas, o que será apenas parcialmente compensado pela redução do uso para alimentação e resíduo. 

“Adversidades climáticas nos EUA e na Europa, juntamente com os desafios logísticos no Mar Negro sustentarão o período de contração dos estoques na safra 22/24. Rendimentos recordes são necessários na América do Sul neste inverno. Uma previsão de tempo normal é necessária em todo o Hemisfério Norte na próxima primavera e verão antes que este ciclo altista termine completamente”, conclui a AgResource Brasil.

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